Ao chegar aos 45 anos, o “Jornal Nacional” busca o equilíbrio entre a tradição e a modernidade, a informalidade e a seriedade, o prestígio e a ousadia. Nos últimos anos, são claros os movimentos de sua equipe para deixá-lo mais atual, informal e moderno através de abordagens mais dinâmicas, mudança de tom e elementos gráficos. O fato é que essas mudanças não surgem como processo natural de renovação. Como muitos quarentões, o “JN” se viu obrigado a perder as gorduras localizadas, ganhar músculos e se atualizar para concorrer com os mais jovens que entram no mercado, mesmo que não tenham a mesma audiência.
Nos bastidores da Globo, há quem garanta que, apesar de toda a pressão por mais informalidade, o “Jornal Nacional” dificilmente abandonará a bancada por ser este um elemento necessário para as “hard News”.
Um pouco da história
O “Jornal Nacional” estreou no dia 01 de setembro de 1969 com apresentação de Hilton Gomes e Cid Moreira. A ideia dos diretores da Globo era colocar no ar um telejornal para todo o país com as principais notícias do dia e algumas reportagens especiais, tudo sem comentários. Um ano depois, Sérgio Chapelin assumiu o lugar de Hilton e permaneceu na bancada por mais 9 anos. Entre 1979 e 1983, o “JN” foi apresentado apenas por Cid Moreira. Foi neste ano que, em substituição a Chapelin, Celso Freitas ocupou um lugar na bancada de maior prestígio da TV.
Mulher na bancada do “Jornal Nacional” era algo impensável para um país que acreditava que somente homens possuíam a credibilidade para comandar um telejornal em horário nobre para todo o Brasil. Em 1996, a Globo resolveu acabar com a era dos grandes locutores à frente do JN e convocou para a bancada os jornalistas Willian Bonner e Lilian Witte Fibe, que aos poucos acrescentaram pequenos comentários. Dois anos depois, após um período de apresentadores interinos, Fátima Bernardes assumiu seu posto na bancada do telejornal. Ficou ali por 13 anos, passando o bastão para Patrícia Poeta.
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