Em seu
quinto ano no "Zorra Total", da Rede Globo, o humorista Rodrigo Sant'anna (foto) ainda
é constantemente chamado nas ruas de Valéria, transexual famosa pelo
bordão "Ai, como eu tô bandida", que brinca com a ingênua Janete
(Thalita Carauta). O ator de 33 anos revelou ao Notícias da TV ter ficado com medo de ser conhecido apenas por uma personagem e que isso atrapalha a criação de novas caricaturas.
"Tinha muito medo de ficar estereotipado como a Valéria. Essa é a minha maior preocupação, sempre trazer novos personagens, novos tipos, poder sempre criar coisas novas, porque acho que o humor também é feito de renovação", confessa Rodrigo Sant'anna.
Após quatro anos no elenco do extinto "A Turma do Didi", Rodrigo Sant'anna foi remanejado para o "Zorra Total", em 2010, interpretando o malandro Admilson. Atualmente, faz a mendiga Adelaide, a motorista de ônibus lésbica Soninha Sapatão e o manifestante "emo" Pop. O humorista, entretanto, reconhece que Valéria é a mais lembrada por estar há mais tempo no programa.
"Valéria é a personagem que eu faço há mais tempo no Zorra. Por um bom tempo, enquanto ela estiver no ar, a primeira referência das pessoas é sempre ela. Mas também me chamam de '50 centarro', por causa da Adelaide, e de Admílson. De certa forma, as pessoas guardam com carinho os personagens", alegra-se o ator, que trará para São Paulo, a partir de 9 de agosto, a peça "Lotação Quase Esgotada", em que interpreta 23 personagens, atualmente em cartaz no Rio de Janeiro.
Seu novo quadro no "Zorra Total" deverá ser com um personagem antigo. O diretor do programa, Maurício Sherman, quer "ressuscitar" o impaciente Saraiva, um dos mais lembrados do humorístico, famoso pelo bordão "Pergunta idiota, tolerância zero" e que saiu do ar após a morte de seu intérprete, Francisco Milani (1936-2005). Sant'anna chegou a ser escalado, mas o projeto foi adiado, e o personagem ainda não tem data para retornar ao programa.
"Estamos repensando a possibilidade, ainda não foi batido o martelo. Fizemos um experimento, não chegou nem a ser uma gravação. A gente está experimentando para rever se vale a pena manter o mesmo formato, se vale a pena vir agora, ainda é uma hipótese. Foi uma ideia em comum acordo com a direção do programa. Vai ser uma honra fazer o Saraiva, eu era fã do Francisco Milani", afirma.
O humorista critica a perseguição sofrida pela nova geração de humoristas. Para Sant'anna, as pessoas enxergam o humor de maneira preconceituosa e se esquecem de se preocupar com assuntos mais relevantes para a sociedade.
"As pessoas ultimamente estão muito preocupadas se um personagem afeta ou não, e não no que é relevante para a evolução do nosso país, como políticos roubando, a roubalheira da Copa, a gente não ter candidato possível de se votar. As pessoas resolvem olhar para o humor de uma maneira preconceituosa ao invés de reinvidicar o que têm por direito, um país com educação, saúde. É revoltante as pessoas perderem tempo diante de questões tão banais. Há pessoas com um humor mais ácido que sofrem com isso de maneira muito cruel", desabafa.
"Tinha muito medo de ficar estereotipado como a Valéria. Essa é a minha maior preocupação, sempre trazer novos personagens, novos tipos, poder sempre criar coisas novas, porque acho que o humor também é feito de renovação", confessa Rodrigo Sant'anna.
Após quatro anos no elenco do extinto "A Turma do Didi", Rodrigo Sant'anna foi remanejado para o "Zorra Total", em 2010, interpretando o malandro Admilson. Atualmente, faz a mendiga Adelaide, a motorista de ônibus lésbica Soninha Sapatão e o manifestante "emo" Pop. O humorista, entretanto, reconhece que Valéria é a mais lembrada por estar há mais tempo no programa.
"Valéria é a personagem que eu faço há mais tempo no Zorra. Por um bom tempo, enquanto ela estiver no ar, a primeira referência das pessoas é sempre ela. Mas também me chamam de '50 centarro', por causa da Adelaide, e de Admílson. De certa forma, as pessoas guardam com carinho os personagens", alegra-se o ator, que trará para São Paulo, a partir de 9 de agosto, a peça "Lotação Quase Esgotada", em que interpreta 23 personagens, atualmente em cartaz no Rio de Janeiro.
Seu novo quadro no "Zorra Total" deverá ser com um personagem antigo. O diretor do programa, Maurício Sherman, quer "ressuscitar" o impaciente Saraiva, um dos mais lembrados do humorístico, famoso pelo bordão "Pergunta idiota, tolerância zero" e que saiu do ar após a morte de seu intérprete, Francisco Milani (1936-2005). Sant'anna chegou a ser escalado, mas o projeto foi adiado, e o personagem ainda não tem data para retornar ao programa.
"Estamos repensando a possibilidade, ainda não foi batido o martelo. Fizemos um experimento, não chegou nem a ser uma gravação. A gente está experimentando para rever se vale a pena manter o mesmo formato, se vale a pena vir agora, ainda é uma hipótese. Foi uma ideia em comum acordo com a direção do programa. Vai ser uma honra fazer o Saraiva, eu era fã do Francisco Milani", afirma.
O humorista critica a perseguição sofrida pela nova geração de humoristas. Para Sant'anna, as pessoas enxergam o humor de maneira preconceituosa e se esquecem de se preocupar com assuntos mais relevantes para a sociedade.
"As pessoas ultimamente estão muito preocupadas se um personagem afeta ou não, e não no que é relevante para a evolução do nosso país, como políticos roubando, a roubalheira da Copa, a gente não ter candidato possível de se votar. As pessoas resolvem olhar para o humor de uma maneira preconceituosa ao invés de reinvidicar o que têm por direito, um país com educação, saúde. É revoltante as pessoas perderem tempo diante de questões tão banais. Há pessoas com um humor mais ácido que sofrem com isso de maneira muito cruel", desabafa.
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