Em 1964, nos primórdios da TV brasileira, Vida Alves e Georgia Gomide
trocaram, ao vivo, um beijo. Na época, as duas encenavam "Calúnia",
teleteatro baseado no filme "Infâmia", com Audrey Hepburn e Shirley
Mclaine. Décadas depois, em 2000, Aline Moraes e Paula Picarelli
trocaram um frustrante selinho interpretando Romeu e Julieta em
"Mulheres Apaixonadas". Em 2011, foi a vez de Luciana Vendramini e
Gisele Tigre, em "Amor e Revolução", do SBT, trocarem um beijo caloroso e
entrarem para a história como as primeiras atrizes a fazerem isso numa
novela. Passado tanto tempo - e ocorrido o mesmo com Felix (Mateus
Solano) e Niko (Thiago Fragoso) em "Amor à Vida" -, o assunto voltou à
baila com o casal formado por Clara e Marina (Giovanna Antonelli) e Tainá
Muller na foto acima) em "Em Família". Depois da resistência de parte dos
espectadores e certa relutância da emissora, finalmente as personagens
darão um passo adiante na relação e se beijarão em frente às câmeras. A
cena vai ao ar na segunda-feira (30).
Tão logo a foto acima foi divulgada, o furor tomou conta das redes sociais. Erroneamente, passou a ser encarado como mais um tabu quebrado. Como citado acima, a tal barreira ideológica já foi quebrada por outras pioneiras nos anos 60 e 2000, mas não se deve ignorar o que o gesto de carinho entre as duas mulheres do folhetim de Manoel Carlos aponta para um caminho claro para a TV brasileira. A partir de agora, o assunto deve passar a ser tratado com maior naturalidade. A função de Clara e Marina é banalizar - no melhor sentido da palavra - um gesto de carinho.
Já se provou que ele não causa choque ou rejeição ou que nenhum heterossexual de qualquer idade mude de orientação ao assistir um beijo. O gesto é comum para todos. E tudo indica que assim deve ser nas novelas futuras. Dentro de algum tempo, ele deixará as manchetes pelo "ineditismo". Não há beijo gay. Há um beijo como qualquer outro. E pronto. Casais trocam carinhos, não há razão para o choque. Nesse sentido, ponto para Manoel Carlos, que, mesmo com a novela com índices de audiência claudicantes e alguma rejeição ao casal, soube contornar a questão e fazer do limão uma limonada.
Tão logo a foto acima foi divulgada, o furor tomou conta das redes sociais. Erroneamente, passou a ser encarado como mais um tabu quebrado. Como citado acima, a tal barreira ideológica já foi quebrada por outras pioneiras nos anos 60 e 2000, mas não se deve ignorar o que o gesto de carinho entre as duas mulheres do folhetim de Manoel Carlos aponta para um caminho claro para a TV brasileira. A partir de agora, o assunto deve passar a ser tratado com maior naturalidade. A função de Clara e Marina é banalizar - no melhor sentido da palavra - um gesto de carinho.
Já se provou que ele não causa choque ou rejeição ou que nenhum heterossexual de qualquer idade mude de orientação ao assistir um beijo. O gesto é comum para todos. E tudo indica que assim deve ser nas novelas futuras. Dentro de algum tempo, ele deixará as manchetes pelo "ineditismo". Não há beijo gay. Há um beijo como qualquer outro. E pronto. Casais trocam carinhos, não há razão para o choque. Nesse sentido, ponto para Manoel Carlos, que, mesmo com a novela com índices de audiência claudicantes e alguma rejeição ao casal, soube contornar a questão e fazer do limão uma limonada.
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