Os especialistas da empresa contratada indicam como uma das soluções a redução desse tipo de cobertura jornalística, batendo de frente com a atual linha editorial da emissora, que dedica muito tempo a reportagens policiais. Os executivos ligados a este setor rebatem a pesquisa com números que deixam bem claro que os picos de audiência surgem justamente durante o crime ou sangue derramado. Há quem afirme que o ideal é sacrificar neste momento os bons números e perder parte do público para depois reconquistar o espaço com um jornalismo mais limpo e prestador de serviço, com elementos capazes de atrair bons anunciantes.
Um dos problemas, segundo a pesquisa, é que essa exploração de crimes contamina toda a programação. O mercado publicitário tem um pouco de restrição aos produtos mais popularescos que podem denegrir a imagem de seus clientes e para não arriscar tiram verbas também de outras atrações.
A disputa do jornalismo com os que querem implantar as mudanças ainda deve demorar, afinal, no atual momento da Record as maiores audiências não estão no entretenimento e na dramaturgia, mas no “Cidade Alerta” (foto acima do apresentador Marcelo Rezende), “Balanço Geral” e “Jornal da Record”. Alguém vai contrariar?
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