Ao comentar uma reportagem sobre roubos a padarias e estabelecimentos comerciais em São Paulo e em Bauru, Bocardi afirmou que "vai ver que os donos dessas padarias não estão dando o cafezinho e o pão com manteiga", insinuando que policiais recebem dinheiro e alimentos em troca do patrulhamento.
Chico Pinheiro completou: "É, inclusive foi uma coisa seríssima né? Não é possível que esses estabelecimentos tenham que fazer agrados a policiais para que o trabalho funcione, isso não é tolerável, isso não é admissível".
No site da PM e perfis da instituição nas redes sociais, o comandante Meira publicou uma carta aberta dizendo que irá enviar o vídeo da Globo para advogados estudarem as “medidas judiciais cabíveis”. "Não posso me calar diante de tanta desconsideração por parte dos apresentadores", justiçou o policial.
A Globo não se manifestou até a conclusão deste texto.
Leia a íntegra da carta do comandante da PM:
A Polícia Militar é uma Instituição séria, que presta um inestimável e relevante serviço em prol da sociedade, muitas vezes desempenha atividades afetas a outras esferas do governo e atua 24 horas por dia.
Reconhecemos que temos falhas, que nossos policiais cometem falhas, que não somos perfeitos em tudo que dispomos a realizar, aceitamos as críticas, pois é por meio delas que conseguimos corrigir as inconformidades ou eventuais falhas.
Não posso me calar, na condição de comandante-geral da PM de São Paulo, diante de tanta desconsideração por parte dos apresentadores. Eles podem não aceitar/concordar com os argumentos apresentados pela Polícia Militar em razão da matéria exibida, mas não podem macular a imagem de toda a corporação ao insinuarem que para se ter segurança basta oferecer um ‘cafezinho e o pão com manteiga/ em troca de policiamento nos estabelecimentos comerciais.
Vamos entregar a cópia do vídeo aos advogados da entidades de classe para análise do conteúdo e avaliação das medidas judiciais cabíveis ao caso.
A nós, policiais militares, honestos e íntegros, só nos resta lamentar.
Respeito é sinônimo de educação.”
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