“Vendo o Globo Repórter de ontem [sexta-feira] cheguei a uma conclusão incrível: novela dá em árvore! Não tem autor, apenas brota nas matas do Projac!”.
A declaração acima é de Aguinaldo Silva (foto), autor de "Fina Estampa". Ele a publicou sábado, em seu perfil no Twitter. Referia-se ao "Globo Repórter" da última sexta-feira (9), sobre os 60 anos de telenovelas no Brasil.
Apesar de ter tido cenas de algumas de suas novelas exibidas, como "Tieta" (1989), Silva não foi citado como o autor delas, nem convidado para dar entrevista.
Apesar de ser especial dos 60 anos da telenovela no Brasil, o "Globo Repórter" não ouviu nenhum autor, diretor ou executivo. Além de atores - Francisco Cuoco, Regina Duarte, Tony Ramos, Gloria Pires, Mariana Ximenes, Cauã Raymond e Lima Duarte - o programa ouviu uma costureira, uma figurinista e um cenógrafo.
A opinião de Silva, no entanto, foi diferente da autora Glória Perez. No Twitter, ela disse que achou o programa “emocionante”. Glória teve várias cenas de suas novelas lembradas, entre elas, "Caminho das Índias" (2009), vencedora do Emmy Internacional de melhor novela.
Entrevistado pela jornalista Glória Maria, o ator Tony Ramos chorou ao se lembrar de uma das cenas de "Caminho das Índias".
Grandes nomes da história da telenovela brasileira, Ivani Ribeiro, Janete Clair e Dias Gomes também não foram citados pelo programa.
A Globo ainda omitiu o nome da primeira novela diária, "2-5499 Ocupado", exibida em 1963 pela TV Excelsior. Relembrou apenas de "Sua Vida Me Pertence" (1951), exibida duas vezes por semana, na TV Tupi.
A Central Globo de Comunicação diz que a ideia do "Globo Repórter" era de mostrar os bastidores do Projac, não entrevistar autores e diretores de novelas.
Esse autor é excelente, mas muito egocêntrico. Não foi apenas ele o autor não citado. Nenhum autor não teve seu nome falado. Ficaria ruim pra Globo se só citasse ele e não falasse dos outros.
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