Âncora do "RJ-TV 2ª edição", Ana Luiza Guimarães (foto abaixo) leu no ar todas as perguntas que seriam feitas ao candidato. Pela manhã, o mesmo expediente foi adotado na Rádio CBN. Entre as perguntas, a jornalista da TV citou o livro de Crivella, “Evangelizando a África”, revelado pelo GLOBO, em que ele ataca homossexuais, o catolicismo e outras religiões. Ela lembrou que Crivella pediu desculpas pela obra que é de 2002, mas que em outro vídeo mais recente, gravado em 2012, o candidato disse que a homossexualidade pode ter origem no sofrimento do bebê no útero da mãe. A jornalista quis saber então se o candidato mantinha o seu pedido de desculpas e se sua intolerância havia se repetido quatro anos atrás.
Outra pergunta se referia à reportagem da revista “Veja”, do último sábado, que mostrou que o candidato foi detido numa delegacia por um dia em 1990, quando tentou desocupar um terreno de propriedade da Igreja Universal. Em vídeo nas redes sociais, o senador negou que tenha sido preso. No entanto, em áudios divulgados por “Veja”, Crivella diz que ficou preso numa carceragem “lotada de gente” na 9ª DP (Catete). A jornalista perguntou o motivo que o levou a apresentar versões diferentes para o caso.
Nas gravações, Crivella confirma à revista que foi preso. Ele contou que foi ao terreno acompanhado de dez homens para expulsar os ocupantes e ainda citou um advogado que ele acusa de chantagem: “Eu não aguentava mais aquela situação. Fui lá e bum! Tirei tudo! E o advogado, muito esperto, que queria fazer uma chantagem, já tinha chamado os policiais, e me deram o flagrante sobre o seguinte crime: uso arbitrário das próprias razões. E me prenderam. Aí, na delegacia, por incrível que pareça, fiquei preso um dia. Carceragem da 9ª DP lotada de gente”, disse Crivella aos repórteres da “Veja”.
Para sair da cela, de acordo com documento anexado ao inquérito, o candidato teve de desembolsar 450 cruzados novos (R$ 380 nos dias de hoje) pela fiança.
No rádio, entre os questionamentos que seriam feitos, a jornalista citou a informação de Lauro Jardim, no GLOBO de domingo, que revelou que na negociação de delação premiada do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, em sua campanha ao Senado, em 2010, Crivella teria recebido R$ 12 milhões oriundos de propina do esquema do petrolão. O candidato nega.
Em entrevista ao SBT na segunda-feira, ao se defender das denúncias publicadas pela “Veja” e pelo GLOBO, o senador se referiu aos profissionais das duas publicações como “patetas”, “patifes” e “vagabundos”. Segundo aliados, o candidato, que está à frente nas pesquisas de intenção de votos, decidiu evitar as entrevistas para não correr o risco de perder votos na reta final das eleições.
Veja, abaixo, a íntegra da declaração da TV Globo:
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