No comunicado divulgado na manhã de quarta-feira, 8, Rezende conta que fontes deram a entender que o governo interino comandado pelo peemedebista Michel Temer teria dado ordem para que nenhum órgão vinculado ao Palácio do Planalto continuasse a anunciar no SRZD. “Já nos chegaram rumores que o Governo Federal ordenou que todos os outros anúncios vindos de empresas públicas sejam proibidos de veiculação no nosso portal”. A relação do jornalista com o governo foi estremecida quando ele teve o contrato com a EBC suspenso no fim de maio. Com a situação, o programa ancorado por ele na Rádio Nacional não chegou a completar um mês no ar.
Sobre a relação com a CEF, o diretor do SRZD agradece pela conduta durante o tempo em que o banco manteve parceria comercial com a página. “À Caixa, gostaríamos de agradecer o profissionalismo e a seriedade no trato da coisa pública. Sempre republicana, a empresa jamais insinuou ou sinalizou com qualquer pedido que maculasse a ética no cuidado com o centavo do contribuinte”, diz. Rezende conta, ainda, que para manter a publicidade da estatal, o portal tinha de comprovar rotineiramente a sua relevância. “Tínhamos metas de audiência. A cobrança sempre foi rigorosa”, pontua, antes de garantir que “nunca houve ‘moleza’”.
Princípios editoriais
Ao divulgar editorial a respeito da receita publicitária vinda da Caixa Econômica Federal, Sidney Rezende aproveita para destacar os princípios editoriais que permeiam a produção de conteúdo por parte dele e de toda a redação do SRZD. O fundador do site reporta que ninguém de sua equipe “mama das tetas do Estado, subtrai dinheiro público, participa de fraude para auferir ganhos pecuniários e muito menos caminhamos na estrada que dissemina a vingança, o ódio ou o rancor”. “Aqui também não somos partidários ou ‘simpáticos’ a ‘A’ ou ‘B’, não privilegiamos alguns em detrimento de outros”, continua o comunicador.
Perseguição política?
Rezende critica a prática de investimentos publicitários “centrados nos mesmos grupos” e manda aviso para atuais e futuros anunciantes: “a quem ainda duvidar, reafirmamos que cada centavo dos nossos patrocinadores é investido no site para o pagamento de salários dos funcionários e funcionamento da nossa estrutura”. Com a atual situação, ele informa que o portal que comanda produz jornalismo isento e plural. “Jornalismo não existe para destruir reputações e, por isso, a indignação quando da existência de perseguições políticas ou ideológicas. Perversidade não faz parte do nosso manual de conduta”, comenta.
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