“E só aconteceu com o São Paulo porque nós autorizamos a Globo a negociar, senão não teria feito”, disse Andrade ao comentar que na opinião dele o novo formato de divisão da quantia paga pela emissora não será maléfico ao Corinthians.
Procurada, a Globo não afirmou diretamente se pediu ou não autorização para a direção corintiana antes de negociar com o São Paulo. “Os acordos são feitos individualmente com cada clube. No modelo atual do Brasileirão a negociação é complexa e coletiva. É importante assegurar que os interesses individuais de cada clube e coletivos da competição estejam garantidos na negociação para que o espetáculo aconteça em sua melhor forma”, afirmou o departamento de comunicação da Globo em resposta à indagação do blog.
O Corinthians já havia acertado a renovação antecipada de seu contrato que terminaria em 2018, quando o rival, escorado numa proposta superior do Esporte Interativo, arrancou acordo melhor da Globosat para a transmissão do Brasileirão em TV fechada.
O time do Morumbi, obteve um aumento em relação ao contrato atual e luvas de R$ 60 milhões, além do novo formato de divisão do bolo. A proposta inicial da Globo para todos os clubes previa uma redução em relação à quantia paga atualmente. Também tinha sido oferecida uma antecipação de verba a ser descontada anualmente no lugar de luvas.
Os são-paulinos comemoraram o fato de terem fechado um acordo que consideraram melhor em comparação com aquele que tinha sido obtido pelos corintianos.
Porém, depois disso a Globo fez um novo trato com o alvinegro até 2024 para a TV aberta. A informação é confirmada pela emissora.
Durante a reunião em março, Andrade falou que essa nova negociação estava em curso. Ele também disse que pelo compromisso inicial, que valia para 2019 e 2020, o Corinthians recebeu um “valor de luva, e foi feito um desconto, tivemos que ceder por um desconto na TV fechada só. Nem (no) pay-per-view e nem (na) aberta houve desconto”, disse o dirigente aos conselheiros. Ou seja, as condições eram mesmo inferiores em relação às conseguidas pelo São Paulo.
Apesar de a maioria dos clubes comemorar o novo formato de divisão da quantia paga pela Globo, que segundo Andrade é de R$ 1,1 bilhão, o presidente corintiano disse que é pequeno o risco de seu clube perder receita.
Em relação a ao critério de divisão por exibição, ele diz que a Globo sempre vai escolher o Corinthians por conta da audiência.
Sobre a parcela distribuída por critério técnico, Andrade lembrou que por ser campeão Brasileiro em 2015 o Corinthians ganhou da emissora prêmio de R$ 10 milhões. Segundo ele, pelo novo acordo, esse valor pode ser atingido com o 12º lugar. “Então, eu acho que a chance de o Corinthians ficar em 12º lugar, acho um pouco remota, e sendo campeão, esse valor vai para R$ 38 milhões”, afirmou o presidente na reunião. Ele ainda disse que o montante recebido pelo pay-per-view deve crescer.
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