terça-feira, 12 de maio de 2015

Desse jeito, Ibope e GfK só irão medir o tamanho da sujeira na TV

Audiência a todo custo. Não importam os meios, o importante é atingir os fins, mesmo que para isso se usem algumas pessoas, abusem da boa fé de outras e se exagere em quadros ou produções assistencialistas – este é o painel da TV aberta no geral e de certos programas em particular.
O que se verifica, quase o tempo todo, por parte de vários animadores, é a insistência em posar de bonzinho ou de se colocar como patrono de causas perdidas, em atitudes que chegam a beirar o ridículo.
Não é e nunca foi função de programa de televisão dar casa ou carro para ninguém, encontrar pai com filho que nunca se viram, apresentar casos de tortura contra menores ou promover casamento de anões. Qualquer uma dessas coisas e outras muito piores são feitas, porque por trás, pela frente ou lados, existe o desejo de somar alguns miseráveis pontos. É preciso que determinadas situações se esclareçam de vez: hipocrisia e benfeitoria não são palavras sinônimas em dicionário nenhum. 
É o que aqui já se disse e deve ser repetido: em vez de Ibope ou GfK, as emissoras deveriam se preocupar com a qualidade das suas programações. Investir em boa produção. Pelo que existe, só será possível medir o tamanho da sujeira.


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