A Rede Globo se defendeu como pode, fazendo espichar os capítulos de "Império", novela que já entrou em seus momentos decisivos. Nesta última terça-feira, sem muita necessidade, foi até 23h02min, quando normalmente a sua saída se dá por volta de 22h20min.
O SBT e a Rede Record, do lado delas, passam o tempo todo uma de olho na outra, tentando tirar algum proveito de qualquer situação.
É uma movimentação interessante, porque nos livra da letargia costumeira e nos remete a uma história interessante do passado, meados de 1985. Depois de uma negociação complicada, Silvio Santos conseguiu comprar da Warner a minissérie "Pássaros Feridos", com Richard Chamberlain, contando a história de um padre que acaba se apaixonando por uma mulher (Rachel Ward). O lançamento se deu em meio a uma forte campanha, inclusive no programa dele, naquela época de grande audiência.
A Globo, tentando neutralizar, na noite da estreia, em uma sacada do Paulo Ubiratan, "escalou" dois capítulos de "Roque Santeiro", o que acabou não tendo grande influência.
Silvio Santos, sem constrangimento algum, mandou colocar um slide de espera no ar, com os dizeres "Depois da novela da Globo assistam a estreia de "Pássaros Feridos". Aviso que depois foi usado em inúmeras outras oportunidades, em meio a exibição dos desenhos de espera do "Pica-Pau" e "Pantera Cor-de-Rosa".
Em outra ocasião...
Depois de outra transação difícil, Silvio Santos comprou o filme "Rambo 1", com o "Sylvester Stallone" e programou a sua exibição para uma quarta-feira de agosto de 1988. A Globo, sabendo daquilo, no contra-ataque suspendeu o "Chico City" e apresentou o "Rambo 2".
O confronto entre o 1 e 2 do "Rambo", apesar das duas continuarem anunciando intensamente durante o dia inteiro, na última hora acabou não acontecendo. Silvio Santos, dizendo que o SBT não podia queimar dinheiro, transferiu a exibição do seu filme.
Agora é o seguinte:
Gugu superou o Ratinho na estreia, e o Ratinho ganhou do Gugu na terça-feira. Está tudo dentro do previsto.
Nem sempre o Gugu terá uma Suzane Von Richthofen na mão, como o Ratinho também não terá um Zé Rico morrendo todo dia.
E que fique bem claro que a disputa não é só dos dois, mas dos seus programas. Caberá também a produção de cada um fazer a diferença.
Nem sempre o Gugu terá uma Suzane Von Richthofen na mão, como o Ratinho também não terá um Zé Rico morrendo todo dia.
E que fique bem claro que a disputa não é só dos dois, mas dos seus programas. Caberá também a produção de cada um fazer a diferença.
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