Em contenção de despesas, a direção da Record evitou fazer uma "loucura" para conquistar a "grife" Xuxa, como fez com Gugu em 2009, prometendo um salário mensal de R$ 3,5 milhões, que depois se arrependeu e rescindiu o contrato em 2013. A proposta salarial a Xuxa foi considerada "realista" pela cúpula da emissora. A "sorte" da Record é que Xuxa ficou desempregada. Seu contrato com a Globo venceu em janeiro e não foi renovado, como antecipou em dezembro o Notícias da TV.
A Record divulgou a jornalistas no último dia 3 que chegou a um acordo com Xuxa, mas que o contrato ainda tinha sido assinado. Nos bastidores das redes concorrentes, essa história é vista com desconfiança. No SBT, por exemplo, acredita-se que Xuxa já assinou e será apresentada por Gugu Liberato na reestreia do apresentador, na noite do próximo dia 25.
Nos bastidores da Record, permanece a versão de que Xuxa ainda não assinou. A demora para a assinatura estaria relacionada a questões complexas como licenciamento e processos judiciais que a apresentadora move contra a emissora e a Igreja Universal, que em 2008 a acusou de ter "pacto com o demônio".
A Record quer Xuxa apresentando dois programas. Um diário, vespertino, e um semanal, noturno. A contratação da loira dividiu a cúpula da emissora. O vice-presidente comercial, Walter Zagari, foi contra, argumentando que Xuxa não "vende" e sofre rejeição no mercado publicitário. Zagari bateu de frente com Marcelo Silva, bispo da Universal e vice-presidente artístico e de programação, que vê na contratação de Xuxa a grande cartada de sua gestão.
Anteontem (11), o ex-vice-presidente artístico e homem forte da Record, Honorilton Gonçalves, esteve na sede da emissora, em São Paulo. Segundo um diretor da emissora, ele foi escalado por Edir Macedo para tentar selar a paz entre Marcelo Silva e Walter Zagari.
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