segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Com pior audiência de todas as edições, "Big Brother Brasil" deveria se reinventar com famosos

Não é só no Brasil que o "Big Brother" é um programa dos mais populares. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde já foram exibidas mais edições que aqui, o programa segue causando controvérsia e debates acalorados. Os países, no entanto, têm maneiras bem distintas de manejar a disputa pelo prêmio. Encarado como um "jogo de mentiras" entre os americanos, não há voto popular, apenas mata-mata entre participantes e os eliminados decidem o vencedor. Os ingleses evitam interações longas com a apresentadora, indica pelo menos quatro pessoas ao paredão e investem em provas mais impiedosas.
Não só a maneira como se dá a dinâmica é diferente. Por lá, há entendimento que tudo não se trata de um jogo e a vida seguirá normalmente após seu fim, sem grandes pretensões à fama no caso dos anônimos. Os britânicos, aliás, viram uma das edições mais bombásticas de todos os tempos chegar ao fim na última sexta-feira. Carregado de discussões e reviravoltas - apesar da campeã frustrante -, o "Celebrity Big Brother" é a prova de que o formato pode continuar vivo e se mostra uma alternativa viável para a Globo. Quando misturadas as celebridades certas, a combinação é explosiva. Na atração do Channel 5 é tudo tão excruciante que os famosos torcem pela própria eliminação apenas para receber o cachê e ir para casa.
Antes um sucesso estrondoso, o "Big Brother Brasil" passa longe dos tempos áureos. Além dos erros de escalação de elenco há alguns anos, do excesso de jogo de aparências e da edição discutível - as polêmicas causadas por Luan e Douglas foram descobertas graças ao PPV e não à Globo -, o programa vê seus números caírem ano a ano. O "BBB 15" acumula, em seus 17 episódios iniciais, a pior audiência de todos os tempos: 22,8 pontos. É bom a TV Globo repensar sua fórmula antes que ela se desgaste por completo.

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