O comunicado inclui a seguinte frase da apresentadora: “Quando aceitei com muita alegria o convite para ancorar o 'JN', propus esse prazo. Acreditava, então, que estar na bancada do mais importante telejornal brasileiro seria uma experiência única, enriquecedora, algo que me aprimoraria de uma maneira sem igual.”
Aceitar que uma nova apresentadora estabeleça o próprio prazo de permanência e entenda o trabalho como forma de “aprimoramento” me parece desmerecer o “Jornal Nacional”. Difícil de acreditar…
Por que, afinal de contas, Patrícia Poeta está saindo do “Jornal Nacional”? A mudança está gerando as mais variadas especulações no mercado. Tenho dúvidas, porém, se o burburinho é sinal da importância do telejornal ou apenas uma expressão do prazer da fofoca.
A rigor, não consigo ver diferença alguma, de fundo, num telejornal apresentado por Fátima Bernardes, Patrícia Poeta ou Renata Vasconcelos. Você vê? Por favor, me explique…
Este questionamento não vale, por outro lado, para o cargo de apresentadora do “Fantástico”. Na sua mistura de jornalismo com entretenimento, com apresentadores descontraídos, andando no estúdio, não basta saber ler notícias no teleprompter com competência. Neste ambiente no qual a personalidade do apresentador aflora de forma muito mais visível, Renata Vasconcelos claramente não parecia estar no lugar certo.
A outra questão que o comunicado da Globo levanta diz respeito ao movimento de aproximação do jornalismo com o entretenimento, cada vez mais claro. Se vingar, o projeto de Patrícia Poeta não será o primeiro. Os exemplos mais recentes foram as apostas em Fátima Bernardes (“Encontro com Fátima Bernardes"), Tiago Leifert (“The Voice Brasil”) e Zeca Camargo (“Vídeo Show”).
Carlos Henrique Schroder, diretor-geral desde janeiro de 2013, é o primeiro jornalista a assumir o principal cargo executivo da emissora, antes ocupado por figuras oriundas da área comercial ou da publicidade.
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