Por sua vez, Porchat começou na televisão, mas estourou em “Comédia em Pé”, espetáculo que levou muitos adolescentes aos teatros. Depois, com o Porta dos Fundos, essa popularidade se multiplicou graças aos vídeos no YouTube.
Já houve um tempo em que a televisão buscava seus talentos nos palcos. Esse celeiro se ampliou quando, com os meios de produção de vídeos ao alcance de qualquer um, a web se transformou numa gigantesca fornecedora de valores. Hoje é tudo junto e misturado.
Na TV paga, o “Tudo Pela Audiência” liderou sempre entre os jovens de 18 a 24 anos (a fonte é o Ibope MW, 15 mercados). Na internet, seu site foi o mais acessado do Multishow em julho e agosto. Fora isso, o programa chegou aos trending topics mundiais no Twitter em todos os seus episódios. Na edição ao vivo, a numeralha, que não vou detalhar para não aborrecer o leitor, foi elevada à décima potência. O próprio Twitter promoveu o programa. Foram inúmeras menções.
Quem é atento às audiências da web está careca de saber que Tatá e Porchat (foto acima dos dois) são ímãs de cliques. E, quando uma atração como “Tudo Pela Audiência” ecoa com força pelas redes sociais, vemos a prova de que a televisão e a internet não são excludentes. Pelo contrário. Essas mídias, bem trançadas, conseguem um alcance poderoso, se complementam e interalimentam.
Portanto, quem acredita que existe uma linha reta de evasão que tira o público jovem da TV e carrega para outras telas pode rever os seus conceitos. Isso existe. Mas não é tão simples e talvez seja menos fatal do que parece.
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