"Os contratos começaram a ficar mais leoninos na Copa de 98", lembra Torres, citando como as restrições impostas pela FIFA foram se tornando mais detalhistas ao longo dos últimos anos, com limitações sobre quem pode e quem não pode circular nas dependências da seleção brasileira. Ainda assim, segundo Mylena, muitos atletas ultrapassam a barreira imposta pela instituição e por quem tem os direitos de transmissão para dar entrevistas a outros veículos, entendendo que há uma cobertura jornalística que não deve se submeter às regras do negócio. "Eles vêm a gente do lado de dentro e saem para falar com outros jornalistas, é natural", diz.
A Record anuncia que montou um QG em Teresópolis para ficar "pertinho da seleção" desde os dias de concentração. Durante o mundial, promete cobertura intensiva em seus telejornais, no que será imitada por SBT e RedeTV!, também sem direitos de transmissão. Mesmo os anunciantes que não estão entre os patrocinadores do evento em canais que detêm a transmissão estão dispostos a aproveitar esse momento. Qualquer bola de futebol em filme publicitário vale para chamar a atenção da torcida.
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