— Quando soube que ia fazer um comunista, decidi que ele tinha que ter o porte atlético. Por isso, comecei a praticar o boxe — conta o ator.
Empolgado com a luta, Ricardo decidiu retomar uma antiga paixão: o judô. Aos 5 anos, ele começou a praticar o esporte em Portugal, onde nasceu, mas parou no nível intermediário. Agora, pediu à mãe que enviasse ao Brasil sua faixa verde: quer usá-la na volta aos tatames.
— O judô foi uma das coisas que mais me disciplinaram na vida. Quero muito chegar à faixa preta. O Flávio Canto (judoca que mantém o Instituto Reação e é apresentador do ‘Corujão do esporte’) me chamou para fazer aulas lá na Rocinha. É bom que treino e participo de um projeto social ao mesmo tempo — diz.
A recompensa, ele ressalta, é imediata. Graças a essas atividades, Ricardo tem estado mais bem disposto e equilibrado.
— Passamos muitas horas no estúdio. Para isso, é preciso chegar lá bem. Como ator, preciso sentir que o meu corpo está em forma, e o esporte me ajuda muito.
Em sua sétima novela no Brasil, Ricardo comemora a possibilidade de fazer um tipo diferente na história das 18h.
— O Fabrício não está só preocupado com o amor, tem todo um contexto histórico em volta — observa.
Mas o personagem lhe trouxe um desafio extra: acostumado às sessões de fonoaudiologia para disfarçar o sotaque em cena, desta vez ele faz o oposto:
— O Fabrício fala como um português, mas já está ‘abrasileirado’. Isso é mais difícil ainda. Preciso estudar muito o texto para ver qual palavra posso falar com sotaque e soar natural. Tiramos o gerúndio e colocamos o tu no lugar do você — conta.
O ator também se divide entre a carreira e a paternidade. Ele tem dois filhos com a mulher, Francisca: Vicente de 2 anos e Francisa, de apenas dois meses.
— Ser pai é a melhor coisa do mundo. Estou encantado com tudo isso. Agora, vamos dar uma acalmada, mas queremos ter mais.
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