À IMPRENSA, a empresa alega que, ao contrário do indicado pela coluna “Outro Canal”, da Folha de S.Paulo,
o objetivo no evento não era falar sobre a GfK. “De maneira alguma”,
enfatiza Antônio Wanderley (foto), diretor de marketing do Ibope Mídia.
“Trata-se de uma evolução natural do Ibope como provedor do serviço de
medição de audiência, com planos agressivos e acelerados de inovação da
empresa.”
Segundo o executivo, nas últimas
décadas ocorreram iniciativas parecidas com a da GfK, como a Nielsen,
para citar um “player global”. No entanto, para Wanderley, “o mercado já
estudou as iniciativas globais e, em cada momento, depois de avaliar
outro provedor concretizado, acabou apreciando mais o serviço do Ibope”.
E ele conclui: “Nada indica que o desfecho será diferente desta vez.”
Com a chegada da concorrente alemã,
ele diz que a base de assinantes do Ibope não mudou. "Não fomos afetados
comercialmente de nenhum modo. Não mudou nada na nossa vida”.
Terceira maior
O diretor do Ibope destaca que a
empresa é a terceira maior medidora de audiência do mundo, presente em
15 países na América Latina. Além disso, sua tecnologia seria no mínimo
igual ou à frente de outras companhias nesse setor.
“Nossa confiança não está abalada”
[com as notícias sobre a GfK], declara. “Vemos com naturalidade o
mercado seguir avaliando iniciativas, mas em relação à oferta do Ibope,
ninguém consegue competir com a gente.”
Wanderley cita como diferenciais o know-how do Ibope, a capacidade de fazer o que qualquer medidora do mundo faz e, ainda por cima, em tempo real, com experiência de 20 anos nesse recurso.
Quanto ao tamanho da amostra, sobre a
qual há especulações de que a oferecida pelo GfK seria maior, ele diz:
“Da maneira como vemos, não tem como o GfK ter uma amostra maior que a
nossa. De todo modo, temos um diálogo e planos de expansão da amostra
que vêm previamente a esses anúncios, tanto que vamos terminar o ano com
uma amostra maior em relação ao início.”
Novos serviços
Entre os novos serviços oferecidos
pelo Ibope está um monitoramento amplo na área esportiva, como de
exposição de marcas e camisetas em estádios e medição de hábitos e
práticas esportivas, em parceria com uma empresa australiana líder nesse
segmento.
Outro serviço introduzido neste ano é
um novo tipo de medição de audiência de TV. “Em geral era por variáveis
demográficas, como homens entre 18 a 24 anos. Agora essa análise também
poderá ser feita por padrões de consumo, como os que compraram carro nos
últimos 30 dias”, explica o diretor.
Já em relação aos recursos que estão
sendo implementados, os maiores destaques seriam a medição de conteúdos
gravados, que são assistidos posteriormente – seus primeiros relatórios
seriam entregues no início do ano que vem – ; e a medição de programas
de TV assistidos pela internet – com relatórios a entregar em meados de
2014.
Procuradas por IMPRENSA, tanto a GfK
como as quatro emissoras que teriam parceria com ela – SBT, Record,
RedeTV! e Bandeirantes – evitam falar do assunto. Uma fonte da
reportagem indica que o contrato entre elas seria assinado até o fim de
2013, com todo o ano que vem para a implantação do sistema. Além disso, a
empresa alemã teria 70 mil aparelhos de medição só em São Paulo.
Oficialmente, a empresa insiste em dizer que ainda não tem nada
oficializado com os canais.
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