quarta-feira, 11 de abril de 2012

Sem foco e incoerente, novela "Vidas em Jogo" termina com "pegadinha"

"Vidas em Jogo" não foi uma, mas várias novelas. A promessa inicial, interessante, era contar uma história sobre como o dinheiro pode, ou não, transformar a vida de gente humilde. Logo, porém, como quase todas as novelas da Rede Record, virou uma trama policial.
Teve pitadas de "Romeu e Julieta", triângulo amoroso, "amor bandido" entre rica e pobre, namoro entre cachorros, personagem contaminado pelo vírus HIV, craque de futebol viciado em crack, entre muitas outras atrações.
Manter uma novela no ar ao longo de 11 meses e por 243 capítulos já é uma tarefa difícil. Querer que seja coerente, interessante e atraente é pedir demais. Cristianne Fridman teve boas ideias, mas não conseguiu segurar o nível de "Vidas em Jogo".
Para piorar, a novela teve um desfecho rocambolesco. Revelou-se, depois de meses de mistério, que não havia um assassino entre os vencedores do prêmio da loteria, mas um plano secreto, em nome do qual vários personagens fingiram morrer. O "palhaço assassino" era uma farsa. Tudo não passou de uma "pegadinha".
Na média geral na Grande São Paulo, "Vidas em Jogo" terminou com 11.5 pontos e share de 19.2% nos seus 243 capítulos.
Já no Rio de Janeiro, a novela teve média geral de 14.4 pontos e, assim como em São Paulo, ficou em segundo lugar isolado. 
Durante a exibição dos 243 capítulos da novela da Record no Rio, a liderança da audiência ficou com a Globo, com 26.8 pontos.

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