"O Brado Retumbante", minissérie de oito capítulos que a Rede Globo exibirá de 17 a 27 de janeiro, orbitará em torno de um presidente da República honesto que será acusado de corrupção. Esse presidente rejeita e esconde um filho homossexual.
Sátira crítica com um tom farsesco, mas sem ser uma comédia rasgada, "O Brado Retumbante", segundo a Globo, se passa em um país "fictício", porém todas as referências a levam ao Brasil. A começar pelo "Brado Retumbante" do título, retirado do Hino Nacional. Na letra de Duque Estrada, brado retumbante é o estrondoso grito da Independência.
Embora ético, o presidente dessa República lembra Fernando Collor de Mello (1990-1992). É acusado de desviar dinheiro para uma conta no Uruguai e enfrenta um impeachment.
Escrita por Euclydes Marinho e com direção-geral de Ricardo Waddington, "O Brado Retumbante" aposta em um elenco pouco conhecido. O protagonista é Domingos Montagner, anônimo para o grande público até interpretar um cangaceiro em "Cordel Encantado".
José Wilker, Maria Fernanda Cândido, Leopoldo Pacheco, Otávio Augusto e Miele são os nomes mais badalados do elenco, que conta ainda com Sandra Corveloni (melhor atriz em Cannes-2008 pelo filme "Linha de Passe"), Mariana Lima, Marina Elali, Carlo Briani, Cecília Homem de Melo, Ricardo Homem de Melo, Caca Amaral e Murilo Armacolo, entre outros.
Presidente por acaso
Montagner dará vida a Paulo Ventura, descrito como "advogado boêmio e político honrado" que se torna presidente da República por acaso. Ventura é um deputado de oposição ao governo. Numa tentativa de manipulá-lo e domá-lo, um grupo de políticos corruptos, chefiados pelo Senador (Miele), o elege presidente da Câmara dos Deputados.
Ocorre que o presidente da República e seu vice morrem em um acidente aéreo. E Ventura, como presidente da Câmara, assume o comando do Poder Executivo.
Ventura, então, procura a ex-mulher, Antonia (Maria Fernanda Cândido), e a convence a fazer o papel de primeira dama. Ela aceita, porém, mais para a frente, foge para Buenos Aires com um escritor. O casal tem uma filha neurótica, Marta (Juliana Schalch), e um filho, Julio (Murilo Armacolo), homossexual rejeitado pelo pai, que se afasta da família.
Com o pai na Presidência, Julio volta ao país, agora como Julie, uma transexual. Os dois se reconciliarão. Ventura, no entanto, sofrerá um atentado após editar uma lei que pune corruptos, enfrentará uma crise com a "Bolívia do Sul" e um processo de impeachment . E entrará em campanha eleitoral com um adversário como favorito.
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