No esforço de tornar interessante um amistoso sem nenhum atrativo,  disputado por uma seleção brasileira desfigurada e o Gabão, 68º no  ranking da Fifa, Cleber Machado e Casagrande se desdobraram em  comentários, informações e os tradicionais exageros. Só não fizeram uma  pergunta essencial: por que o Brasil se sujeitou a um jogo desses?
Para todo mundo que assistiu à partida, esta era a questão essencial: o  que a seleção estava fazendo no meio daquele lamaçal? Cleber e  Casagrande até constataram e lamentaram o estado do gramado, mas não  acharam necessário questionar a CBF (Confederação Brasileira de Futebol)  por aceitar disputar um amistoso nestas condições.
   Cleber preferiu desfiar conhecimentos de almanaque (talvez da  Wikipédia) sobre o Gabão a perguntar sobre o sentido desta partida. "O  presidente do Gabão gosta muito de futebol", disse. "O país tem  minérios", observou.
   É verdade que o narrador até ameaçou uma crítica a respeito da escolha  do adversário do Brasil. "A seleção de Gabão não é uma das mais  tradicionais da África", disse. "Uma seleção que não tem tradição mesmo  no continente africano". Mas logo compensou, observando: "O Brasil vai  enfrentar um time empolgado, que joga a partida mais importante da  história do país".
   Mauro Naves, direto de Libreville, bem que levantou a bola para um  assunto polêmico: Mano Menezes chegou neste amistoso a 60 jogadores  diferentes. Mas nem Cleber nem Casagrande acharam que era um bom tema e  não comentaram nada a respeito.
   Ao final da transmissão, quando faltavam dois minutos para o  encerramento da pelada, a dupla finalmente deixou escapar uma observação  mais contundente, cobrando um time e amistosos contra equipes mais  qualificadas. Em resumo, um amistoso absurdo, de baixa qualidade, com  uma transmissão que falou muito, mas disse pouco.






Não é á toa que o Brasil é o sétimo do ranking da FIFA.
ResponderExcluir