O governo brasileiro vai obrigar os fabricantes de televisores a  produzirem aparelhos com a plataforma de interatividade Ginga,  desenvolvida no Brasil para o sistema de TV digital japonês, adotado  pelo país.
Segundo André Barbosa, assessor da Casa Civil, todos os televisores vendidos no Brasil até 2015 deverão ter o Ginga.
O Ginga funciona como um sistema operacional, como o Windows nos PCs.  Ele permite a criação de aplicativos que tornam a TV interativa.
As redes brasileiras já oferecem, para quem tem televisor com Ginga,  aplicativos com informações complementares de programas, como resumos de  capítulos de novelas. O SBT, por exemplo, tem um portal com vídeos e notícias.
Mas o Ginga permite muito mais. Canais públicos de televisão poderão  ser usados para cursos à distância, emissão de certidões, pagamento de  impostos e acompanhamento de contas do FGTS.
De acordo com André Barbosa, a obrigatoriedade do Ginga nos novos  televisores deverá ser anunciada nos próximos dias pelo governo federal,  após uma série de reuniões entre ministros e fabricantes.
Os fabricantes não gostam da ideia de implantarem o Ginga em todos os  seus televisores. Isso porque o sistema, numa visão mais estreita,  compete com os aplicativos das TVs conectadas, ou Smart TVs, como vêm  sendo chamados os novos televisores com acesso à internet.
Para driblar a resistência dos fabricantes, o governo vai condicionar  a concessão de incentivos fiscais à implantação do Ginga em todos os  televisores vendidos no país até 2015.







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