Na semana passada, foi a vez de estrear o "Fofocando" no exato horário do quadro "Hora da Venenosa", líder de audiência das tardes da TV aberta.
Muita gente na Rede Record considera que os dois programas do SBT citados não passam de "plágio" dos da Record, especialmente o de Celso Portiolli, mas a tática de Silvio Santos vai além da mera cópia.
O que o dono do SBT está fazendo é combater pontualmente todos os horários em que a Record abre alguma distância de sua própria emissora.
No caso de Portiolli, a repetição de quadros extremamente parecidos com os de Mion pode até ser plágio mesmo (e é), mas a estratégia está surtindo resultado: desde que estreou na Record, seis anos atrás, pela primeira vez em 2016 o SBT tem obtido vitórias contra o concorrente.
Mion foi vice-líder de audiência isolado durante quase cinco anos e meio. Agora enfrenta uma cópia, vai lá, mas que tem incomodado.
No caso do "Fofocando", porém, o desafio é muito maior, já que nesse caso Silvio Santos não está brigando com uma atração pela vice-liderança, e sim contra a própria líder na faixa vespertina. E tem ainda o "Video Show" da Rede Globo em segundo.
Embora o programa de mexericos e famosos do SBT ainda não tenha mostrado ao que veio em São Paulo, com médias na casa dos 5 ou 5,5 pontos (menos que antes de sua estreia), no Rio de Janeiro a atração comandada por Leão Lobo e Mamma Bruschetta até que está indo bem de audiência, alcançando médias de até 8 pontos.
Mas, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, o programa não tirou o SBT do terceiro lugar.
Cabe lembrar que no Painel Nacional de Televisão, o SBT tem levado a melhor nas casas decimais, ficando em segundo lugar, com Record em terceiro.
E em São Paulo as duas emissoras duelam cabeça a cabeça pela vice-liderança.
Portanto, a estratégia de Silvio Santos até que tem muito sentido: qualquer décimo de ibope aqui ou ali pode significar vitória ou derrota para a concorrente do bispo (e amigo) Edir Macedo.
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