Insatisfeita com a nova fase de "Velho Chico", a cúpula da Rede Globo está
negociando com o diretor artístico da novela das nove uma série de
mudanças. Os executivos da emissora encomendaram a Luiz Fernando
Carvalho alterações nas caracterizações de Antonio Fagundes e Christiane
Torloni e nos figurinos de quase todos os personagens. Querem também
ajustes que deixem a novela de fato contemporânea e com um ritmo menos
lento. Dos autores, pediram mais romance na história.
Pesquisas feitas com grupos de telespectadores mostram que o público está rejeitando não apenas caracterizações como a do Afrânio de Antonio Fagundes, mas também outros aspectos da produção. Para agravar a situação de "Velho Chico", a coautora Edmara Barbosa deixou a novela, relata a jornalista Lígia Mesquita em sua coluna na Folha de S.Paulo nesta quarta (aqui, para assinantes). Edmara vinha tendo atritos com o autor principal, Benedito Ruy Barbosa, seu pai.
Apesar do cenário, Luiz Fernando Carvalho vem resistindo às tentativas de mudanças. Por enquanto, a cúpula da Globo vem tentando convencê-lo de que alterações em sua concepção artística são necessárias, ainda sem impô-las.
Os executivos que comandam a área artística da Globo têm usado como argumento justamente o estranhamento do público. Dizem que a maioria dos telespectadores não entenderam a proposta, por exemplo, do figurino de Antonio Fagundes, todo colorido, fabulesco, afinal ninguém (muito menos um coronel do sertão) usa uma roupa como a de Afrânio nos dias de hoje. O mesmo vale para os figurinos de Iolanda (Christiane Torloni), de Tereza (Camila Pitanga), do deputado Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), de Encarnação (Selma Egrei) e para os turbantes que transformam as empregadas domésticas em escravas do século 17. Tudo isso, argumentam, descaracteriza "Velho Chico" como uma trama contemporânea, a deixa fora de época e de localização (Nordeste).
No roteiro, a nova fase da novela das nove traz um excesso de engajamento ecológico e político em detrimento do romance. Os personagens surgiram na semana passada amargurados, presos ao passado. Falta um casal para o público torcer. O romance proibido de Tereza e Santo (Domingos Montagner) ainda vai demorar algumas semanas para ressurgir caso os capítulos não sofram alterações.
A cúpula da Globo teme que os problemas afetem a audiência de "Velho Chico". Por enquanto, a trama vem resistindo à contra-ofensiva bíblica da Rede Record. Mas o ibope, na casa dos 30 pontos, poderia ser bem melhor, acima de 35. Em muitos dias, a novela das nove tem rendido menos do que as das seis e das sete. Sinal inequívoco de que algo está errado.
Pesquisas feitas com grupos de telespectadores mostram que o público está rejeitando não apenas caracterizações como a do Afrânio de Antonio Fagundes, mas também outros aspectos da produção. Para agravar a situação de "Velho Chico", a coautora Edmara Barbosa deixou a novela, relata a jornalista Lígia Mesquita em sua coluna na Folha de S.Paulo nesta quarta (aqui, para assinantes). Edmara vinha tendo atritos com o autor principal, Benedito Ruy Barbosa, seu pai.
Apesar do cenário, Luiz Fernando Carvalho vem resistindo às tentativas de mudanças. Por enquanto, a cúpula da Globo vem tentando convencê-lo de que alterações em sua concepção artística são necessárias, ainda sem impô-las.
Os executivos que comandam a área artística da Globo têm usado como argumento justamente o estranhamento do público. Dizem que a maioria dos telespectadores não entenderam a proposta, por exemplo, do figurino de Antonio Fagundes, todo colorido, fabulesco, afinal ninguém (muito menos um coronel do sertão) usa uma roupa como a de Afrânio nos dias de hoje. O mesmo vale para os figurinos de Iolanda (Christiane Torloni), de Tereza (Camila Pitanga), do deputado Carlos Eduardo (Marcelo Serrado), de Encarnação (Selma Egrei) e para os turbantes que transformam as empregadas domésticas em escravas do século 17. Tudo isso, argumentam, descaracteriza "Velho Chico" como uma trama contemporânea, a deixa fora de época e de localização (Nordeste).
No roteiro, a nova fase da novela das nove traz um excesso de engajamento ecológico e político em detrimento do romance. Os personagens surgiram na semana passada amargurados, presos ao passado. Falta um casal para o público torcer. O romance proibido de Tereza e Santo (Domingos Montagner) ainda vai demorar algumas semanas para ressurgir caso os capítulos não sofram alterações.
A cúpula da Globo teme que os problemas afetem a audiência de "Velho Chico". Por enquanto, a trama vem resistindo à contra-ofensiva bíblica da Rede Record. Mas o ibope, na casa dos 30 pontos, poderia ser bem melhor, acima de 35. Em muitos dias, a novela das nove tem rendido menos do que as das seis e das sete. Sinal inequívoco de que algo está errado.
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