Com o sucesso de "Os Dez Mandamentos", o diretor Alexandre Avancini
(foto) acredita que pode fazer quase tudo, até contar em formato de novela a
história de Jesus Cristo. Ele não teme ficar conhecido com um
profissional especialista em tramas bíblicas e diz que a dramaturgia no
Brasil é "careta". "Ninguém pode falar isso porque já fiz novelas sobre
favela e mutantes, além de séries policiais e sobre política. Sou
apaixonado por histórias da Bíblia e acho que é um diferencial que
ninguém apostava. Demorou muito para evoluirmos, ainda falta fazer um
folhetim só de terror e outro só de política no Brasil", afirma.
Os trabalhos da novela bíblica da Record, que finalmente chegou à travessia do Mar Vermelho, ainda não terminaram. Faltam algumas cenas, como adoração do bezerro de ouro e a travessia do deserto. Mesmo assim, Avancini já cuida de "A Terra Prometida", com a história de Josué, continuação da saga dos hebreus. O diretor número um da Record, contudo, já está com a cabeça lá na frente, planejando um folhetim sobre Jesus Cristo.
“A história de Cristo é fantástica e nunca foi contada em uma novela brasileira. Já tinha um projeto sobre isso. Era uma minissérie, mas ele ficou parado. Agora, acho que podemos retomá-lo e fazer algo maior. É épico, desafiante. Além de um sonho antigo, é um desejo meu”, diz Avancini.
Enquanto não coloca a novela sobre Cristo em pé, Avancini comemora os resultados de Os Dez Mandamentos, que na semana passada venceu o Jornal Nacional quatro dias seguidos, de segunda a quinta.
"Durante uma entrevista, comentei que a nossa novela chegaria aos 28 pontos com a abertura do Mar Vermelho. A pessoa duvidou e riu. Bom, chegamos aos 26 com a décima praga. Então, não está tão difícil atingir essa meta. Graças a Deus [deu] tudo certo”, comenta. A abertura começou ontem (9). “Acho que chegaremos nos 30 pontos de média em São Paulo”, aposta.
Cenários toscos
Os figurinos, cenários e caracterização (perucas, barbas postiças) de "Os Dez Mandamentos" têm sido alvo de críticas, porque não parecem verdadeiros. Avancini dá de ombros. Prefere comparar sua novela com outras produções grandiosas. “Nenhuma produção bíblica retratou as pragas com tantos detalhes como nós. Tanto no filme no filme Os Dez Mandamentos [1956] como no de Ridley Scott [Êxodo: Deuses e Reis, de 2014], elas foram abordadas em formato de clipe. Não havia um antes, durante, nem depois. Nós contamos com uma dramaturgia maior e preparada. O telespectador pode ver e entender como os hebreus e egípcios se sentiram naqueles momentos. Havia emoção, e o que realmente importa é a emoção”, analisa.
Sim, havia emoção. E também muita disposição para enrolar a história e manter a audiência em alta. Avancini discorda. “A gente tinha material e nem seguramos os capítulos tanto assim”, argumenta.
O diretor não se cansa de elogiar o empenho do elenco. “Nas gravações da abertura do Mar Vermelho, os atores tiveram de aguentar muito vento porque usamos três ventiladores enormes, e muita areia na cara. Houve uma dedicação total. Acabei de gravar o último take que usa computação gráfica. Ainda temos mais algumas cenas. Gravamos até meados do mês”, avisa.
Uma década
Filho do aclamado Walter Avancini (1935-2001), Alexandre Avancini fez 50 anos em setembro, dez deles vividos na Record. Está em destaque agora por conta do sucesso do folhetim bíblico, mas já tem um longo currículo.
“Dirigi Prova de Amor [2005], um dos maiores sucessos da Record. Também revolucionamos e tivemos uma ótima audiência com Vidas Opostas [2006], gravada em um morro carioca. O mesmo ocorreu com Os Mutantes [2007], que ganhou até sequências. Tive uma década bem diversificada e feliz. Também fui feliz na Globo”, lembra.
Como já foi dito, ele terá pouco tempo de descanso. Assim que acabar "Os Dez Mandamentos", se dedicará às gravações de "A Terra Prometida". O novo folhetim bíblico vai custar por volta de R$ 700 mil por capítulo, assim como a saga de Moisés. A trama vai contar com exército e muitos cavalos.
"Em algumas sequências gastaremos mais [que Dez Mandamentos], com certeza, porque teremos cavalaria, por exemplo. Só não sei dizer quanto. Posso dizer que uma equipe está indo agora para o Marrocos e para Angola para estudar possíveis áreas de locação. Mesmo com a crise, estamos investindo porque a emissora viu que dá retorno”, afirma.
Os trabalhos da novela bíblica da Record, que finalmente chegou à travessia do Mar Vermelho, ainda não terminaram. Faltam algumas cenas, como adoração do bezerro de ouro e a travessia do deserto. Mesmo assim, Avancini já cuida de "A Terra Prometida", com a história de Josué, continuação da saga dos hebreus. O diretor número um da Record, contudo, já está com a cabeça lá na frente, planejando um folhetim sobre Jesus Cristo.
“A história de Cristo é fantástica e nunca foi contada em uma novela brasileira. Já tinha um projeto sobre isso. Era uma minissérie, mas ele ficou parado. Agora, acho que podemos retomá-lo e fazer algo maior. É épico, desafiante. Além de um sonho antigo, é um desejo meu”, diz Avancini.
Enquanto não coloca a novela sobre Cristo em pé, Avancini comemora os resultados de Os Dez Mandamentos, que na semana passada venceu o Jornal Nacional quatro dias seguidos, de segunda a quinta.
"Durante uma entrevista, comentei que a nossa novela chegaria aos 28 pontos com a abertura do Mar Vermelho. A pessoa duvidou e riu. Bom, chegamos aos 26 com a décima praga. Então, não está tão difícil atingir essa meta. Graças a Deus [deu] tudo certo”, comenta. A abertura começou ontem (9). “Acho que chegaremos nos 30 pontos de média em São Paulo”, aposta.
Cenários toscos
Os figurinos, cenários e caracterização (perucas, barbas postiças) de "Os Dez Mandamentos" têm sido alvo de críticas, porque não parecem verdadeiros. Avancini dá de ombros. Prefere comparar sua novela com outras produções grandiosas. “Nenhuma produção bíblica retratou as pragas com tantos detalhes como nós. Tanto no filme no filme Os Dez Mandamentos [1956] como no de Ridley Scott [Êxodo: Deuses e Reis, de 2014], elas foram abordadas em formato de clipe. Não havia um antes, durante, nem depois. Nós contamos com uma dramaturgia maior e preparada. O telespectador pode ver e entender como os hebreus e egípcios se sentiram naqueles momentos. Havia emoção, e o que realmente importa é a emoção”, analisa.
Sim, havia emoção. E também muita disposição para enrolar a história e manter a audiência em alta. Avancini discorda. “A gente tinha material e nem seguramos os capítulos tanto assim”, argumenta.
O diretor não se cansa de elogiar o empenho do elenco. “Nas gravações da abertura do Mar Vermelho, os atores tiveram de aguentar muito vento porque usamos três ventiladores enormes, e muita areia na cara. Houve uma dedicação total. Acabei de gravar o último take que usa computação gráfica. Ainda temos mais algumas cenas. Gravamos até meados do mês”, avisa.
Uma década
Filho do aclamado Walter Avancini (1935-2001), Alexandre Avancini fez 50 anos em setembro, dez deles vividos na Record. Está em destaque agora por conta do sucesso do folhetim bíblico, mas já tem um longo currículo.
“Dirigi Prova de Amor [2005], um dos maiores sucessos da Record. Também revolucionamos e tivemos uma ótima audiência com Vidas Opostas [2006], gravada em um morro carioca. O mesmo ocorreu com Os Mutantes [2007], que ganhou até sequências. Tive uma década bem diversificada e feliz. Também fui feliz na Globo”, lembra.
Como já foi dito, ele terá pouco tempo de descanso. Assim que acabar "Os Dez Mandamentos", se dedicará às gravações de "A Terra Prometida". O novo folhetim bíblico vai custar por volta de R$ 700 mil por capítulo, assim como a saga de Moisés. A trama vai contar com exército e muitos cavalos.
"Em algumas sequências gastaremos mais [que Dez Mandamentos], com certeza, porque teremos cavalaria, por exemplo. Só não sei dizer quanto. Posso dizer que uma equipe está indo agora para o Marrocos e para Angola para estudar possíveis áreas de locação. Mesmo com a crise, estamos investindo porque a emissora viu que dá retorno”, afirma.
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