Intérprete do primeiro par romântico de Taís Araújo, em 1996, Victor Wagner não se arrepende de ter posado pelado.
Até dois meses atrás, seu último trabalho na TV era a novela "Os Mutantes" (Record), em 2008. Foi uma participação pequena, que de longe lembra a sequência de três novelas da Manchete ("Tocaia Grande", em 1995, "Xica da Silva", em 1996, e "Mandacaru", em 1997). Sua última e derradeira novela na Manchete foi "Brida" (1998), interrompida com a falência da emissora.
Para ganhar dinheiro, Wagner teve que "se virar" posando em 1999 para a extinta revista G Magazine. "Sempre fiz o que aparecia. Fui chamado para fazer teatro, quando estava em um evento. Depois veio a TV. Quando entrei, tinha 35 anos. Era uma pessoa experiente. Então, quando não pintaram mais novelas, voltei a me virar. Precisava pagar contas, recebi a proposta para posar nu e topei. Fui criticado, claro, mas é a minha vida. Faço o que quero dela", discursa.
Wagner ainda participou de um episódio do "Você Decide" (2000, Globo), esteve em "Pícara Sonhadora" (2001, SBT) e no "Linha Direta" (Globo, 2005). Como os contratos estavam cada vez mais escassos, fez um novo ensaio peladão em 2005, justamente quando a novela "Xica da Silva" foi comprada e exibida pelo SBT. "Fiz novamente. É um trabalho como qualquer outro. Não tenho do que me arrepender", afirma.
Antes de cair de vez nos ostracismo, Victor Wagner ainda atuou na novela "Cristal" (SBT, 2006). Com o dinheiro que lhe restou do ensaio e das participações na TV, abriu um bar, que quebrou há um ano. "Sim, tive um bar e foi mais uma das minhas experiências. Não consigo sossegar. Fiquei três anos com ele e foi a gota d’água. Descobri que é um mundo que não me pertence. Não existe arte, apenas comércio frio. Ufa, acabou! E respirei", comenta.
Hoje, o ator vive no extremo da zona leste de São Paulo, no bairro de Itaim Paulista. Já viveu em bairros mais próximos do centro, como a Vila Matilde e a Vila Esperança. É da "ZL" há 20 anos. "Não é uma questão de gostar [da zona leste]. Vou onde o vento me leva e me adapto. Aqui se vive normalmente e é mais barato. Faço o que tenho de fazer de metrô, de ônibus ou de moto. Não sou preguiçoso", ensina.
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