Uma equipe de criação da emissora quebra a cabeça atualmente tentando encontrar soluções para tornar o "Esquenta" menos carioca e mais paulista sem desfigurá-lo. Procuram-se atrações que emplaquem em São Paulo. Enquanto elas não aparecem, sambistas e pagodeiros têm dividido espaço com músicos que supostamente têm apelo entre o público paulista, como o rapper gay Rico Dalasam, Amado Batista, Roberta Miranda...
Atores idolatrados por adolescentes também entraram no rodízio de Regina Casé. Há dois domingos, a convidada de honra foi Sophia Abrahão. Funcionou. Anteontem, foi a vez do paulistaníssimo Caio Castro. No palco, o músico Marcelo Jeneci, nascido na zona leste de São Paulo. Não funcionou - até porque eles cantaram... sambas.
Nos bastidores da Globo, o futuro do "Esquenta" em 2016 é dúvida apesar do sucesso no Rio e em várias outras capitais. Uma ala da emissora defende que o programa dê lugar ao "The Voice Kids" no primeiro trimestre e que volte reformulado em abril, em esquema de temporada, perdendo o status de programa fixo.
Oficialmente, a Globo nega descontentamento com o "Esquenta". "O programa fala com todo o Brasil, trazendo cultura e diversidade de todo o país. No PNT [Painel Nacional de Televisão, o Ibope nacional], registra 12 pontos, uma audiência 71% maior do que a segunda colocada. O programa vai mesmo muito bem no Rio de Janeiro, o que não significa que nos outros Estados não esteja bem", diz a emissora em nota.
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