Para a emissora, é mais vantajoso pagar multa contratual do que manter profissionais subaproveitados. No caso de Bacci, a multa beira os R$ 10 milhões, de acordo com pessoas próximas ao apresentador. Por lei, a emissora tem que pagar metade disso, porém esse valor pode ser negociado entre as duas partes.
Se mantivesse Bacci contratado durante mais 32 meses, a Band desembolsaria uma soma superior a 10 milhões, considerando-se um salário mensal de R$ 300 mil. A Band teria oferecido a Bacci na reunião de hoje uma indenização de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões.
Na última segunda-feira (23), a emissora anunciou o fim do "Agora é Tarde". Quase toda a produção do talk show, com cerca de 40 profissionais, será dispensada. No próximo dia 2, dezenas de funcionários serão demitidos. A meta é reduzir os custos custos entre 5% e 6% para compensar a queda nas receitas publicitárias - o faturamento da Band ficou 20% abaixo da meta no primeiro bimestre.
Em maio do ano passado, Luiz Bacci surpreendeu ao deixar a Record, após cinco meses no comando do "Balanço Geral SP", telejornal popular que vinha incomodando a Rede Globo, impondo derrotas ao "Vídeo Show". O "Menino de Ouro", que se projetara no "Cidade Alerta", de Marcelo Rezende, tinha acabado de renovar contrato com a Record, mas a proposta da Band era muito mais vantajosa: ele ganharia quase o triplo (R$ 300 mil por mês) e comandaria dois programas, um diário e um game show aos domingos.
O dominical nunca saiu do papel. O diário, o "Tá Na Tela", estreou em agosto e acabou em dezembro. O programa aumentou a audiência da Band entre 15h e 17h, mas era caro e dava prejuízo. Prevendo um 2015 difícil, a Band decidiu tirar o "Tá Na Tela" do ar e transferiu Bacci para o matinal "Café com Jornal".
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