Nos últimos anos, o "Domingão do Faustão" viu nas competições entre
famosos uma boa maneira de segurar a audiência. Foi assim com a "Dança
dos Famosos", o "Circo dos Famosos" e a "Dança no Gelo". Os bons
resultados de antes devem ter animado sua produção a apostar num quadro
como o "Artista Completão" (foto acima do ator Jonatas Faro), no qual personalidades da TV mostram que
sabem atuar, cantar e dançar ao mesmo tempo, num número musical
diferente por semana. O tiro saiu pela culatra. Nas redes sociais, as
alegações de constrangimento e vergonha alheia pelos participantes foram
inúmeras.
De fato, o segmento deixou muito a desejar. Parece aquelas ideias que são incríveis em tese, mas péssimas na prática. Foi totalmente desnecessário dedicar meses e meses a ver artistas reconhecidamente talentosos em novelas e no teatro desafinarem ao vivo. A linguagem de teatro musical é muito específica e, quando transportada para a TV, precisa de grandes cuidados. Normalmente funciona graças a uma boa montagem e playback. Um filme como "Os Miseráveis", cujas vozes eram captadas durante a cena, exigiu meses de ensaio. Colocar famosos numa tarefa como essa preparada ao longo de uma semana enriquecida com arranjos fracos e esquetes que destoam do que se faz num programa de variedades - funcionariam melhor em humorísticos, séries outros palcos - mais parece tocaia.
A sabotagem parece ter partido até mesmo da própria produção que, num lance infeliz, muniu os participantes com microfones colocados ao lado da boca, que captavam a todo momento a respiração ofegante dos concorrentes. Quem assiste teatro musical sabe: os atores usam microfones na testa para evitar esse tipo de ruído.
Fausto Silva já prepara uma nova edição da "Dança dos Famosos", competição gostosa de assistir, onde tudo normalmente funciona bem. Dificilmente o dominical fará uma segunda temporada do "Artista Completão". Até porque seria complicado achar quem queira pagar esse mico. O quadro não vai deixar saudades.
De fato, o segmento deixou muito a desejar. Parece aquelas ideias que são incríveis em tese, mas péssimas na prática. Foi totalmente desnecessário dedicar meses e meses a ver artistas reconhecidamente talentosos em novelas e no teatro desafinarem ao vivo. A linguagem de teatro musical é muito específica e, quando transportada para a TV, precisa de grandes cuidados. Normalmente funciona graças a uma boa montagem e playback. Um filme como "Os Miseráveis", cujas vozes eram captadas durante a cena, exigiu meses de ensaio. Colocar famosos numa tarefa como essa preparada ao longo de uma semana enriquecida com arranjos fracos e esquetes que destoam do que se faz num programa de variedades - funcionariam melhor em humorísticos, séries outros palcos - mais parece tocaia.
A sabotagem parece ter partido até mesmo da própria produção que, num lance infeliz, muniu os participantes com microfones colocados ao lado da boca, que captavam a todo momento a respiração ofegante dos concorrentes. Quem assiste teatro musical sabe: os atores usam microfones na testa para evitar esse tipo de ruído.
Fausto Silva já prepara uma nova edição da "Dança dos Famosos", competição gostosa de assistir, onde tudo normalmente funciona bem. Dificilmente o dominical fará uma segunda temporada do "Artista Completão". Até porque seria complicado achar quem queira pagar esse mico. O quadro não vai deixar saudades.
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