Para se manter no ar, a TV pública federal, subordinada diretamente à Presidência da República, precisou do reforço de funcionários terceirizados e de parceiros prestadores de serviços.
A falta de pessoal no departamento de Jornalismo, em que houve maior adesão à paralisação, fez com que a versão noturna do "Repórter Brasil" (foto acima dos apresentadores Guilherme Menezes e Katiuscia Neri) ficasse sem reportagens feitas nas ruas depois das 16h, horário de início da greve. Para tapar "buracos", os editores do telejornal tiveram que apelar uma um videotape com três minutos de música. Houve muitas falhas de áudio também. Em São Paulo, a redação está com apenas um profissional trabalhando.
De acordo com os sindicatos, cerca de 600 profissionais estão parados. Desses, 400 são de Brasília, 120 do Rio de Janeiro e 80 de São Paulo. São Luís, no Maranhão, não entrou em greve porque não houve respaldo do sindicato local.
A greve também atingem a Rádio MEC e a Agência Brasil, que, com a TV Brasil, integram a EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Os grevistas reivindicam reajuste salarial de 5,86% (o equivalente ao IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) mais R$ 400 de aumento linear para todos os funcionários. Pedem também 12% de reajuste no auxílio-alimentação, criação do auxílio-educação para funcionários que têm filhos de até 17 anos e adicional no salário para quem tem graduação e pós-graduação. A empresa ofereceu 0,5% de reajuste.
Ainda nesta sexta-feira, haverá uma nova assembleia para decidir pela continuidade ou não da greve. A EBC proibiu que os funcionários utilizassem as instalações da emissora para discutir a paralisação.
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