sexta-feira, 21 de setembro de 2012

"Avenida Brasil" tem pulseirinha contra a "máfia dos capítulos"

Às 12h24min: A jornalista Silvia Faria é a nova diretora da Central Globo de Jornalismo (CGJ). Ela substitui Ali Kamel, promovido a diretor-geral de Jornalismo e Esportes (DGJE). Luiz Fernando Lima contina à frente da Central Globo de Esportes (CGE).
Diretora regional de jornalismo em Brasília até o ano passado, Silvia ocupava o cargo de diretora executiva de jornalismo. Dividia o segundo posto mais importante da CGJ com outros dois profissionais (Luiz Cláudio Latgé e Renato Ribeiro).
Na vaga deixada por Silvia, entrará Erick Bretas, ex-editor-chefe do "Jornal da Globo".
Bretas era diretor regional de jornalismo no Rio de Janeiro, posição a ser ocupada agora por Miguel Athayde, chefe de redação da editoria Rio.
Os anúncios foram feitos hoje.
A dança de cadeiras no jornalismo da emissora ocorre por causa da nomeação de Carlos Henrique Schroder, diretor da GCJE, a diretor-geral da emissora. Ele assume oficialmente em 1º de janeiro, no lugar de Octávio Florisbal.


"Avenida Brasil" tem pulseirinha contra a "máfia dos capítulos"


Às 06h: Diretor-geral de "Avenida Brasil", Ricardo Waddington armou um esquema cinematográfico para tentar evitar que os capítulos finais da novela das nove da Rede Globo vazem para a imprensa.
Para driblar a "máfia dos capítulos", como são chamadas pessoas que compram roteiros para vender a sites e revistas de fofocas, a Globo está obrigando até os atores a usar pulseirinhas, do tipo VIP, que só dão acesso aos estúdios àqueles que são indispensáveis para as gravações.
Assim, na produção de cenas com revelações importantes, quem não está envolvido na trama não pode nem chegar perto.
O último capítulo de "Avenida Brasil" vai ao ar dia 19 de outubro. Para os atores, ainda faltam chegar os últimos 11 capítulos.
Nessa reta final, os atores receberão somente as cenas em que participarão. Procedimento semelhante foi adotado por volta do centésimo capítulo, quando Carminha (Adriana Esteves) descobriu que Nina (Débora Falabella) é Rita, sua enteada abandonada no lixão.
"De lá para cá, o cerco tem ficado cada vez mais fechado. Agora, o elenco recebe, um dia antes, uma ligação da produção avisando sobre a data e a hora da gravação", diz Aílton Graça, que interpreta o personagem Silas.
"Chegando lá [no estúdio], os atores recebem suas falas e as coordenadas das cenas, impressas no papel. Daí, eles ganham pulseirinhas e se se dirigem a um estúdio reservado apenas para quem a possui", conta Graça.
José de Abreu, o Nilo, diz que nunca em sua carreira viu um esquema de segurança tão rigoroso, mas aprova.
"Achei engraçado e muito legal. Quando fiz Senhora do Destino [2004] não tinham pensado nisso. Nessa  novela, o Ricardo [Waddington] está segurando tudo. Só quem vai gravar é que fica sabendo o que vai acontecer", afirma.
Segundo Abreu, também por medida de segurança, mesmo as cenas sem grandes surpresas não são mais enviadas por e-mail para os atores. Assim, evita-se o fácil reenvio para jornalistas ou "traficantes de capítulos".
"E-mail é algo bem arriscado. Concordo que o melhor a fazer é dar as cenas impressas para os atores", diz.
Os atores levam na esportiva o fato de terem de usar pulseiras. "A gente fala que se alguém receber uma pulseira preta será porque irá morrer", brinca Aílton Graça.

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