A lei 12.485, que cria cotas de conteúdo nacional na TV paga e passa a vigorar em março do ano que vem, não deverá causar grande impacto no empacotamento de canais.
Maior operadora do país, a Net não irá fazer mudanças em seus pacotes.
Também não prevê aumento de custos para o assinante.
Segundo Fernando Magalhães, diretor de programação da Net, serão lançados nos próximos três anos até seis novos canais, todos brasileiros, para cumprir cota. A nova lei determina que um a cada três canais de entretenimento tem de ser nacional.
Conforme Magalhães, o lançamento desses novos canais será feito gradualmente. Canais nacionais que já são oferecidos pela operadora, como a TV Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, deverão ser “promovidos”, entrando em pacotes mais básicos.
Magalhães afirma que canais estrangeiros de baixa audiência, como os étnicos, não sairão do ar para darem lugar a canais brasileiros. Esse era um dos principais argumentos das programadoras estrangeiras na oposição à aprovação da lei.
De acordo com o executivo, com a tecnologia digital é possível carregar os canais que já existem e os que novos que virão. Apenas em pequenas cidades em que as redes ainda são analógicas, como Erechim (RS), haverá corte de canais estrangeiros.
Emissoras abertas (como Globo e Record), canais obrigatórios (TV Câmara, TV Senado), canais de notícias (Globo e Record News) e canais esportivos (SporTV) não serão afetados pelas cotas nacionais.
Apenas os canais de entretenimento (como os de filmes, séries, variedades e infantis) terão de cumprir a cota de três horas e meia de conteúdo brasileiro por semana no horário nobre. Isso quer dizer que a programação do seu canal de séries, por exemplo, irá mudar, com a entrada de séries brasileiras ou, o que é mais provável, de programas de variedades ou de feição jornalística.
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