Coube a "Caminho das Índias", de Glória Perez, trazer a esperada estatueta para o Brasil.
Apesar da Globo ser o que é, ela entrou na disputa com emissoras de outros países tecnicamente mais avançados. O HD, por exemplo, está longe de ser uma realidade para a maioria dos brasileiros.
Trata-se de um prêmio, portanto, ainda muito festejado por diretores e pelos próprios donos da principal emissora do país. E não é só isso: a conquista certamente colocou na cabeça de seus autores a seguinte frase: "Sim, nós podemos!".
Daqui por diante, principalmente novelistas do horário nobre, irão se sentir pressionados, na melhor definição da palavra, a produzir melhores histórias. E, seus diretores, melhores conteúdos.
A competição interna na Globo, como em todas as outras, sempre existiu - possivelmente a partir do dia em que a televisão foi inaugurada. Mas agora deve ganhar contornos ainda maiores. É impossível calcular o tamanho de certas vaidades.
Tem um lado saudável? Sim. Tudo indica que todos agora sairão em busca de algo maior, trabalhar não apenas para si, mas para o mercado e para o telespectador, com a ambição de um reconhecimento internacional. Quem não quer? E é isso que o Emmy concede: reconhecimento e valorização da obra lá fora.
Só que antes, é sempre importante avisar, tem que acontecer aqui dentro.
Fonte: Canal 1 (Flavio Ricco/José Carlos Nery)
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