Chefão da Rede Globo diz que preocupação não é com audiência e fala sobre "novo horário nobre"

Diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder (foto) conversou com o site americano Variety e falou sobre os objetivos da emissora. Na entrevista, o chefão da Globo ainda afirmou que o canal carioca está atento aos novos hábitos de consumo do público, mas que acredita que o conteúdo sob demanda não representa uma ameaça ao modelo de TV atual.

“Para estar presente na vida das pessoas, para estimular conversas, para se tornar uma parte de temas da vida diária. Temos vindo a prestar mais atenção aos comentários do que o número de pontos de vista. É sobre a conexão que estamos estabelecendo com as pessoas, estar em sintonia com o que eles querem. É aí que os números vêm”, avaliou Schroder. “Esses números são muito encorajadores e mostram o potencial multiplicação dos hábitos de consumo do nosso conteúdo em todas as plataformas. Ele também confirma que estamos nos movendo na direção certa”, completou o executivo.

“Fornecemos temas para discussão, emoção, cultura e informação. A TV tradicional continuará a desempenhar um papel extremamente importante nas vidas das pessoas. Funciona como um termômetro da população; traz todo mundo para o mesmo lugar, ao mesmo tempo. Alguns dos gêneros que contribuem para isso são as novelas, os reality shows, o jornalismo e os eventos esportivos. Todos têm um elemento importante de gerar conversas em tempo real”, diz Schroder.

O diretor da Globo ainda diz que a preocupação não é apenas com a audiência: “Nosso objetivo é manter nossa relevância e expandir nosso alcance. A ideia é estar presente na vida das pessoas, estimular conversas, virar assunto do dia a dia. Estamos prestando mais atenção aos comentários do que ao número de visualizações”, comenta.

Ao falar sobre o Globo Play, Schroder disse que os produtos ainda mais consumido na plataforma são as novelas: “Elas são uma paixão nacional e têm grande apelo para os consumidores”. Mas o executivo citou sucesso de outros formatos como a versão kids do “The Voice”. “A edição brasileira de “The Voice Kids”, teve 840.000 acessos em sua estreia e gerou um verdadeiro buzz nas mídias sociais”.

O diretor global ainda comentou sobre a descoberta de um "novo horário nobre". “Em simulcasting, descobrimos que temos um “horário nobre”, na hora do almoço, parte do dia em que transmitimos noticiário local, ‘Globo Esporte’ e ‘Jornal Hoje’, diz.