A saída de Ávila causou um efeito cascata: Teresa Garcia, atualmente editora-chefe do Jornal Hoje, vai assumir a chefia de Redação da Editoria Rio, no lugar de Márcio Sternick, que passará a ocupar a chefia de Redação de Rede, função exercida por Monica Barbosa, que por sua vez será deslocada para a chefia de Redação do "Globo Repórter". No lugar de Ávila no JN, entrará o editor Fernando Castro.
Como editor-chefe adjunto do "Jornal Nacional", Ávila era o profissional que de fato fazia o telejornal andar, tomava as decisões que resultavam nas principais reportagens e grandes coberturas do telejornal. Um dos responsáveis pelo Emmy de 2011, pela cobertura da ocupação militar do morro do Alemão, no Rio de Janeiro, o jornalista estava em choque com Bonner.
Segundo uma fonte no "JN", Bonner vinha pressionando Ávila. O relacionamento dos dois estava péssimo e piorou ainda mais recentemente, quando Bonner tirou do "Jornal Nacional" um editor que é amigo pessoal de Ávila. O editor-chefe adjunto não foi consultado sobre a "demissão" do amigo, comunicada à equipe em uma reunião em que ele não estava.
Apesar da fama de bom-moço, nos bastidores da Globo Bonner é tido como um profissional exigente, quase insuportável. Ele foi pivô da queda de Patrícia Poeta no Jornal Nacional, em setembro do ano passado.
A Globo nega que Bonner e Ávila tenham tido qualquer desavença. A versão oficial é a de que Ávila foi "promovido", em uma "movimentação natural de qualquer Redação".
De acordo com profissionais do jornalismo da Globo, no entanto, Ávila não ficou nem um pouco satisfeito com a mudança, já que foi "promovido" a um telejornal que a cúpula da emissora dá pouca importância, quando o natural, como já ocorreu com outros profissionais que ocuparam seu cargo, seria uma vaga de diretor na emissora.
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