Depois de descobrir que seriados podem ser uma mina de audiência e
rentável alternativa às novelas de longa duração, a Rede Globo parece
disposta a fugir das comédias (caso das bem sucedidas "Tapas e Beijos" e
"A Grande Família") para se arriscar em outros gêneros. "A Teia", que
estreou na última terça-feira (28), é exemplo disso. Com direção de
Rogério Gomes e roteiro de Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho, a
produção é uma nítida evolução se comparada a antecessores como "A
Justiceira" (Globo) e "A Lei e o Crime" (Record).
Feita com grande apuro técnico, a série usa e abusa de recursos típicos de narrativas de ação, caso da câmera na mão. Há que se notar, no entanto, que, usado em demasia, o artifício causa certa confusão. A cena do assalto num aeroporto por vezes tornou indistinguíveis rostos ou acontecimentos. Ao longo do capítulo, a história foi se contando de maneira mais tranquila e sobrou espaço para que parte do elenco se destacasse. Há, desde já, unanimidades: Andreia Horta, mais uma vez mostra solidez e desapego em suas performances; João Miguel, em interpretação contida, prova que tem plena capacidade de encarar um protagonista e estabeleceu boa dupla com o carismático Marat Descartes; e Miele surpreende o espectador que passa a se perguntar, saudoso, porque ele tem aparecido tão menos na TV aberta. Paulo Vilhena (foto), grande vilão da trama, ainda não disse a que veio, mas é cedo para esse tipo de avaliação, uma vez que seu personagem é a força motriz dos acontecimentos da produção e deve se envolver em sequências surpreendentes - por volta do quinto capítulo, ele torturará uma criança.
Sisuda, falta a "A Teia" certo respiro cômico ou leveza. Sua densidade, entretanto, é prato cheio para os fãs de tramas policiais. Se comparada a "Amores Roubados", a série representa uma queda de audiência. Enquanto a antecessora registrava cerca de 30 pontos nos melhores dias, a série marcou 18 pontos de média no primeiro episódio.
Feita com grande apuro técnico, a série usa e abusa de recursos típicos de narrativas de ação, caso da câmera na mão. Há que se notar, no entanto, que, usado em demasia, o artifício causa certa confusão. A cena do assalto num aeroporto por vezes tornou indistinguíveis rostos ou acontecimentos. Ao longo do capítulo, a história foi se contando de maneira mais tranquila e sobrou espaço para que parte do elenco se destacasse. Há, desde já, unanimidades: Andreia Horta, mais uma vez mostra solidez e desapego em suas performances; João Miguel, em interpretação contida, prova que tem plena capacidade de encarar um protagonista e estabeleceu boa dupla com o carismático Marat Descartes; e Miele surpreende o espectador que passa a se perguntar, saudoso, porque ele tem aparecido tão menos na TV aberta. Paulo Vilhena (foto), grande vilão da trama, ainda não disse a que veio, mas é cedo para esse tipo de avaliação, uma vez que seu personagem é a força motriz dos acontecimentos da produção e deve se envolver em sequências surpreendentes - por volta do quinto capítulo, ele torturará uma criança.
Sisuda, falta a "A Teia" certo respiro cômico ou leveza. Sua densidade, entretanto, é prato cheio para os fãs de tramas policiais. Se comparada a "Amores Roubados", a série representa uma queda de audiência. Enquanto a antecessora registrava cerca de 30 pontos nos melhores dias, a série marcou 18 pontos de média no primeiro episódio.
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