No ar há pouco mais de quatro anos, a TV Brasil, TV pública nacional  criada pelo presidente Lula, ainda é pouco conhecida. Em São Paulo,  maior cidade do país, pouca gente sabe que pode sintonizá-la nos canais  62 (analógico) e 63 (digital). Sua audiência não passa de 0,1 ponto. Ou  seja, traço. 
O jornalista Nelson Breve, há dois meses presidente da emissora, quer mudar esse quadro. "Minha missão é fazer a comunicação pública ser conhecida e valorizada. Não podemos nos sentir ofendidos quando alguém fala que não somos conhecidos. Não somos mesmo", admite.
O jornalista Nelson Breve, há dois meses presidente da emissora, quer mudar esse quadro. "Minha missão é fazer a comunicação pública ser conhecida e valorizada. Não podemos nos sentir ofendidos quando alguém fala que não somos conhecidos. Não somos mesmo", admite.
Não será uma missão fácil. Embora tenha um orçamento anual de R$ 400  milhões, um "caminhão de dinheiro" para uma emissora pública, menos de  20% desse total (ou cerca de R$ 70 milhões) pode ser investido em  equipamentos e novos programas. O resto já está comprometido com  despesas de custeio (pessoal, produção). 
E a verba que o governo federal investe na TV Brasil pouco cresceu  desde que ela foi fundada. Neste ano, em valores reais, até caiu em  relação a 2011.
Para aumentar os recursos, Breve aposta no que chama de "captação". Quer buscar patrocínios de estatais como a Petrobras para telejornais, apoio cultural a programas e propaganda institucional.
No ano passado, a TV Brasil captou R$ 20 milhões nesse mercado. É pouco.
Para aumentar os recursos, Breve aposta no que chama de "captação". Quer buscar patrocínios de estatais como a Petrobras para telejornais, apoio cultural a programas e propaganda institucional.
No ano passado, a TV Brasil captou R$ 20 milhões nesse mercado. É pouco.
Melhorar o sinal 
Nelson Breve reconhece que a qualidade do sinal é um dos principais  problemas da TV Brasil. "O sinal é muito importante melhorar", afirma. A  TV, orgulha-se, tem uma "programação de qualidade, não no topo das TVs  públicas mundiais, mas acima da média". 
Porém, com apenas R$ 70 milhões para investir, a TV Brasil não pode falar em novos e potentes transmissores para São Paulo. Aqui, pelo menos, há canais próprios, embora distantes das TVs abertas que monopolizam a audiência (Globo, Record, SBT, Bandeirantes).
Em capitais importantes como Belo Horizonte, a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação, a estatal que administra a TV Brasil e rádios públicas federais) só tem canal digital. Em Estados importantes, como Paraná e Rio Grande do Sul, depende de parcerias com TVs públicas estaduais.
Porém, com apenas R$ 70 milhões para investir, a TV Brasil não pode falar em novos e potentes transmissores para São Paulo. Aqui, pelo menos, há canais próprios, embora distantes das TVs abertas que monopolizam a audiência (Globo, Record, SBT, Bandeirantes).
Em capitais importantes como Belo Horizonte, a EBC (Empresa Brasileira de Comunicação, a estatal que administra a TV Brasil e rádios públicas federais) só tem canal digital. Em Estados importantes, como Paraná e Rio Grande do Sul, depende de parcerias com TVs públicas estaduais.
Breve aguarda, com certa ansiedade, a definição do projeto da  Telebrás para a criação do operador de rede. O operador de rede será uma  empresa que administrará torres de antenas e a distribuição de sinais  de canais públicos, como a TV Senado e a própria TV Brasil. O  crescimento nacional da TV Brasil depende do operador de rede. 
Para melhorar o sinal da TV Brasil, que chega "lavado" às operadoras  de TV paga, Breve pensa em mudar o uplink (subida) do Rio para Brasília.
Reestruturação
Para  impulsionar seus projetos, Breve comanda uma reestruturação na   emissora. Nos próximos dias, deve anunciar o assessor da Casa Civil   André Barbosa como superintendente de engenharia, operações e TV   digital.
Barbosa foi um importante interlocutor do governo na implantação da TV digital no Brasil.
Deverá ser criada também uma diretoria de captação, focada na busca de recursos extra-orçamentários, de patrocínios, por exemplo.
Deverá ser criada também uma diretoria de captação, focada na busca de recursos extra-orçamentários, de patrocínios, por exemplo.
Diálogo com São Paulo
 Ainda  neste ano, segundo Breve, deverá ser lançado um jornal local em  São  Paulo, para que a cidade apareça em sua programação. "Hoje a gente é   quase repetidora em São Paulo, não uma geradora. Precisamos dialogar   com a cidade", diz. 
 
 

 






 
 
 
 
 
 
 
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