A agressão sofrida pela repórter Monalisa Perrone, enquanto fazia uma entrada ao vivo no "Jornal Hoje" de segunda-feira, colocou o departamento de segurança da TV Globo em xeque.
O blog apurou que profissionais da segurança da emissora foram demitidos ainda na segunda-feira. Outros foram afastados. Normas e procedimentos do departamento estão sendo revistos.
O que mais intrigou jornalistas e executivos da Globo é que havia dois seguranças da emissora trabalhando no hospital Sírio-Libanês na tarde de segunda-feira, quando Monalisa Perrone foi covardemente agredida por dois homens. Um deles deu uma joelhada nas costas da jornalista, que caiu e não conseguiu passar as informações que tinha, sobre a primeira sessão de quimioterapia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As invasões de links (quando pessoas entram no enquadramento da câmera e fazem gestos) se tornaram frequentes ultimamente. No sábado, os mesmos agressores de Monalisa já tinham gritado durante um link de José Roberto Burnier, no mesmo Sírio-Libanês, durante o "Jornal Nacional".
Apesar da invasão de link ocorrida no sábado, os dois seguranças que trabalhavam no hospital no momento da agressão a Monalisa, no entanto, não estavam a proteger repórteres em entradas ao vivo. Estavam a cuidar de equipamentos de transmissão.
A Globo, ainda na segunda-feira, adotou uma nova orientação: repórteres em links ao vivo de locais de aglomeração pública deverão estar acompanhados de seguranças.
Nos bastidores da Globo, avalia-se que a segurança da emissora "relaxou" depois que foram comprados equipamentos que dificultam o roubo de câmeras.
E que a segurança da emissora deveria ter ficado atenta depois da invasão de link no "JN" de sábado.
A agressão a Monalisa, por outro lado, era tudo o que a emissora precisava para agir juridicamente contra os "manifestantes". Antes, a emissora não podia fazer nada contra eles, porque não é crime gritar em local público quando uma emissora está ao vivo no ar. Agora há um crime.
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