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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Igreja Universal faz planos de deixar a Rede Record até 2020

Não, amiguinhos e amiguinhas, vocês não leram nada errado. É isso mesmo. Na surdina, dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus já fazem planos de abandonar as madrugadas da emissora até o final desta década.
Motivo: um elaborado plano autossustentável de doação e amealhamento de mais fiéis graças aos espaços ocupados em outras emissoras, além da Rede Record.
Nos últimos dois anos, a Universal simplesmente se infiltrou em praticamente todas as emissoras abertas — exceto as redes Globo e SBT. Ocupa espaço nas TVs Gazeta, Record, RedeTV!, Bandeirantes, Canal 21, fora uma infinidade de rádios. Por isso, já há otimismo latente de que a igreja possa finalmente sair da Record. Uma das rejeições à Record no mercado é o fato de não poder ser considerada uma emissora laica.
Na verdade, o prazo de seis anos para a saída pode ser ainda menor, dependendo da "competência" que o Departamento Comercial mostrar. Explico: há 20 anos, quem banca a maior parte dos gastos e das produções da Record — inclusive a compra do megalomaníaco complexo RecNov no Rio de Janeiro — é justamente as dezenas de milhões de reais que a igreja paga mensalmente para ocupar as madrugadas. É um acordo de mão dupla: a Universal se estabelece numa emissora aberta, a segunda do país, e por sua vez a Record perde qualquer chance de faturar ou ter ibope nas madrugadas. Dito isso.
Algumas cabeças da igreja de Edir Macedo acham que já é hora de o Comercial da emissora parar de fazer farol e bancar de fato a infraestrutura e funcionamento da empresa. Sozinho. Sem o dinheiro da Universal, a Record viveria os últimos 20 anos no mais profundo vermelho. Quem fecha as contas, quem paga as contas é a igreja.Como a Universal se espalhou por inúmeras emissoras e exibe nelas sua pregação (ou ladainha, para aqueles radicais que detestam essa palavra mesmo sem saber seu significado), ela já vê no médio prazo a possibilidade de manter seu crescimento financeiro e fiel, sem a necessidade da Record. Claro que isso ainda deve demorar, mas uma coisa é certa: quando essa data chegar vai haver muito choro e ranger de dentes, porque haverá demissões em profusão. Porque hoje o nababesco dinheiro que a igreja injeta da Record lhe permite fazer algumas apostas mais altas, investir em novelas mais caras, dar partida em produções mais elaboradas, contratar gente de primeira linha e coisa e tal. Só que, quando esse dinheirão acabar, muitas cabeças rolarão.

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