De acordo com as novas regras, a Rede Globo perdeu a "preferência" e exclusividade no direito de compra do torneio. A emissora exerceu esse direito por décadas. Agora, todas as emissoras podem concorrer em pé de igualdade, embora poucas tenham dinheiro suficiente para bancar um pacote de exclusividade. O fato é que alguns dirigentes acham perigoso a Globo sair de vez das transmissões. Teme-se não só ganhar menos dinheiro com anunciantes, venda de publicidade em estádio e produtos ligados aos times, como também perder ibope, já que a audiência da Rede Record nos horários de jogos é muito menor que a da Globo.
Ciente da pressão que a rival Globo vem exercendo sobre os clubes nas últimas semanas, a Record acena agora com uma nova proposta: sugere que todos os canais possam se unir e comprar os direitos em conjunto. E que cada emissora detentora de direitos, prevê a Record, possa passar o jogo que bem entender, e na hora de sua realização normal -- óbvia ameaça de desobediência aos horários impostos pela Globo ao Clube dos 13, de acordo com o interesse de sua grade de programação.
A Globo obviamente é contra essa proposta e tenta convencer a TV Bandeirantes a rejeitá-la. No entanto, a Bandeirantes e a RedeTV! também estariam sendo alvo de assédio por parte da Record, que lhes acena com melhor tratamento na divisão dos jogos.
Ninguém fala em cifras, mas especula-se que a Record possa oferecer de R$ 750 milhões a R$ 1 bilhão pelos direitos do Brasileiro 2012 e 2013. A emissora já tem exclusividade da Olimpíada de 2012, em Londres.
Documentário da Discovery "previu" tragédia do Rio
"Todo ano vai acontecer", diz o documentário inédito que o canal Discovery estreia no próximo domingo. Enquanto exibe imagens aterradoras de mortos, feridos e gente em desespero ao ver todos os seus bens arrastados por águas lamacentas, a narração avisa: ‘A tendência é que a tragédia se repita, porque o clima nas Américas está mudando‘.
Parece ser um ágil documentário realizado em meio à tragédia que matou quase 900 pessoas no Rio de Janeiro, neste início do ano, mas na verdade o programa foi gravado em tragédia semelhante ocorrida no ano passado. Um dos entrevistados é justamente Carlos Nobre, o novo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, que à época trabalhava no Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Foram cerca de 25 pessoas na equipe de produção e direção, que trabalharam durante 7 meses -- desde a pesquisa até a entrega da fita Master (de maio/junho a dezembro - 2010). Dias depois a tragédia prevista ocorreu, matando mais de 800 pessoas (até o momento).
O documentário estreia neste domingo, 21h. Só para assinantes do canal.
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