A Globo vai rasgar sua tradicional grade de programação para se adequar à Olimpíada. Serão dez horas diárias, 160 no total, 100 delas ao vivo. "Sessão da Tarde", "Vale a Pena Ver de Novo" e "Malhação", por exemplo, ficarão do ar até o fim do evento. Até a tradicional novela das nove deixará de ser veiculada hoje (5), para dar lugar à cerimônia de abertura.
No Parque Olímpico, a emissora construiu um estúdio com 500 metros quadrados, três andares e vista para os centros esportivos. O local tem sido aproveitado por todos os telejornais de rede. Apresentadores baseados em São Paulo foram deslocados para trabalhar no local, como Sandra Annenberg e William Waack.
O investimento em mão de obra também foi forte: mais de 2.000 profissionais estão envolvidos diretamente com a cobertura da Olimpíada. Entre tantos, 40 profissionais se destacam: o chamado "Time de Ouro", composto por ex-atletas vitoriosos como Gustavo Borges, Daiane dos Santos e Hortência. Eles farão comentários sobre seus respectivos esportes.
A Record aposta em sua experiência na transmissão de grandes eventos esportivos, como Jogos Panamericanos e Olimpíada de Inverno, para oferecer um bom conteúdo a seu telespectador, mas vem com equipe e estrutura menores. Mais de 200 funcionários foram deslocados de São Paulo para o Rio de Janeiro para o trabalho na Rio 2016, e mais da metade deles teve que fazer o trajeto de ônibus para cortar custos. Ao todo, serão 1.200 profissionais mobilizados para a Olimpíada, 450 no Rio de Janeiro.
Na Band, a Olimpíada terá atenção total. A emissora é a que mais dará destaque aos Jogos: serão 200 horas de cobertura. A sede esportiva da emissora se deslocará para o Rio, onde também haverá um estúdio de vidro.
Ana Paula Padrão voltará ao jornalismo (atualmente no "MasterChef", ela faz parte da área de entretenimento) e será a apresentadora da cerimônia de abertura, ao lado de Ricardo Boechat e do jornalista e historiador especializado em olimpíadas Alvaro José. Ex-atletas também ajudam a compor o elenco, como Virna, Flávio Saretta e Marcelo Negrão. Téo José, Oliveira Andrade, Neto, Denilson, Ulisses Costa e Edmundo voltam a narrar e comentar futebol na emissora.
Com 14 horas de programação olímpica diária, a Band pretende chamar a atenção do telespectador com recursos tecnológicos nas imagens, como opções de câmera ultra lenta e cenas gravadas de helicópteros.
Cobertura total na TV paga
Com 22 canais dedicados ao esporte, a TV paga mostrará 100% da Olimpíada. Assinantes do SporTV terão 16 sinais na televisão e mais 40 canais online, que exibirão todas as competições. Em algumas operadoras, esses canais estarão abertos para todos os assinantes.
"O maior desafio é comunicar tudo isso. Ou seja, como orientar os assinantes a encontrarem as competições e atletas que eles desejam assistir, entre tantas possibilidades, tanto conteúdo à disposição. Estamos trabalhando nesse desafio desde o início do projeto olímpico [que começou a ser planejado em 2012]. Teremos um canal 24 horas ao vivo, o SporTV 4, que será o uma espécie de guia da programação. Ele fará um giro pelos outros 15 canais, mostrando o que tem de melhor no momento para o assinante", explica Bianca Maksud, diretora de marketing e produto dos canais esportivos da Globosat.
No SporTV, serão mais de 1.000 profissionais trabalhando para levar 4.000 horas de transmissões olímpicas para o telespectador, mas o exagero se destaca mesmo no time de comentaristas. A equipe soma 110 pessoas no total, ex-atletas brasileiros e estrangeiros que farão análises e participarão do programa É Campeão, contando suas trajetórias no esporte. Em atrações como o Bem Amigos, o SporTV usará o Estúdio Olímpico da Globo.
O Fox Sports também investiu em uma nova sede, na Barra da Tijuca, de onde levará conteúdo esportivo para toda a América Latina. Os novos estúdios do canal receberão jornalistas do México, da Argentina, do Chile e da Colômbia. Entre os brasileiros, serão 300 funcionários escalados para a cobertura da Rio 2016, entre eles Adriane Galisteu e os comediantes Antonio Tabet, Rafael Portugal e Gabriel Totoro.
Com três canais, a ESPN terá 500 funcionários de todo o mundo no Rio de Janeiro especialmente para trabalhar na Olimpíada - 50 deles são brasileiros que vão colaborar com análises e comentários de todas as modalidades dos Jogos.