"A impressão que eu tenho é de que estou renascendo. Vou dar de tudo, tudo, tudo para que dê certo. Agora tenho certeza de que vou trabalhar até morrer", diz o jornalista.
"Sidney [Oliveira, dono da rede de farmácias Ultrafarma] veio na minha casa e conversamos a respeito de televisão. Eu falei para ele que estava saudoso, que gostaria não de ter uma oportunidade... Mas [tinha] um sonho de uma volta. Ele me propôs voltar nesse horário. No dia seguinte, fui [ao Boa Noite Bom Dia] como convidado e a audiência triplicou. Ele me convidou para fazer o programa e eu aceitei. Vou tentar até a última força. Trabalhar na televisão é a paixão da minha vida", afirma.
Gil Gomes estava fora da TV desde 2005, quando se afastou do "Repórter Cidadão", na RedeTV!, por sofrer de Parkinson, distúrbio degenerativo do sistema nervoso que provoca dificuldades de movimentação, perda de equilíbrio e tremores.
O apresentador afirma que chegou a ser sondado por emissoras, mas não seguiu adiante nas negociações. "Muita gente me convidou para voltar, mas eu achava que não dava", admite.
Gomes, que começou a carreira no rádio nos anos 1960, se consagrou no SBT na década de 1990, quando fez reportagens para o "Aqui Agora" (1991-1997). No programa jornalístico, Gomes se destacou pela dramatização que empregava para contar narrar crimes.
Os gestos que fazia com as mãos e sua voz singular ficaram marcados na história da TV e são imitados até hoje. "Me dá muito orgulho ser imitado, ser lembrado", ele diz, emocionado.
Com a estreia de programas concorrentes em outras emissoras, o "Aqui Agora" saiu do ar, e Gil Gomes chegou a ser repórter do "Mulheres", na Gazeta, em 1998, e a interpretar um professor no humorístico "Escola do Barulho", da Rede Record, em 1999. Hoje, acompanha os programas "Cidade Alerta" e "Brasil Urgente" e gosta do que vê.
"Adoro o Datena e o Marcelo [Rezende]. É diferente, eu fazia reportagem, me infiltrava num caso, e eles fazem apresentação. [Mas] Digamos que sim, beberam na água do Aqui Agora. Eu gosto muito deles, vejo [os programas] quase diariamente", comenta.
Na TV, o apresentador tem um grande pupilo: Geraldo Luis. Ele também trabalhou no rádio e se diz grande amigo de Gil Gomes - tanto que a entrevista de estreia do "Domingo Show", em 2014, foi feita com o repórter policial.
Gomes não sabe mensurar a influência que teve no estilo de Luis, mas sente orgulho do trabalho que ele faz na TV. Acha até que ele deveria aceitar um programa diário na Record.
"Gosto muito do Geraldo Luis, é como um filho para mim. Acompanho [o 'Domingo Show'] e acho muito bom, ele é um gênio. Nada mais merecedor para ele ter um programa diário. Ele merece e o povo merece", opina.
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