O escalação da atriz de 61 anos para "À Flor da Pele" marca uma evolução nas relações da Globo com seus contratados e com a concorrência. Nos anos 1980 e 1990, artista que saía da Globo não voltava mais. Até 2012, quem "morria" na Record, como Marcelo Serrado, cumpria uma quarentena de seis meses antes de "ressuscitar".
Nos últimos anos, com a adoção de uma nova política para seus talentos, com mais contratos por obra certa e menos por longa duração, o vaivém de atores da Globo para a Record, e vice-versa, passou a ser tolerado. Em 2015, Zécarlos Machado entrou na novela "Além do Tempo" poucos meses após seu personagem morrer em "Os Dez Mandamentos". Ele esteve nos créditos de duas novelas de emissoras rivais ao mesmo tempo. Em julho, a Record antecipou em um mês o fim do contrato de Cristina Pereira para que ela possa entrar em "Haja Coração".
A personagem de Elizângela em "À Flor da Pele" será importante. Ela dará vida a Aurora, mãe da personagem de Juliana Paes. Débora Falabella, Ísis Valverde e Paolla Oliveira também estarão na produção, que terá Fábio Assunção como protagonista masculino - ele interpretará um advogado casado com a personagem de Lilia Cabral.
Elizângela já fez 30 novelas e trabalhou durante quase 50 anos para a Globo (ela começou a carreira aos 8). Foi mocinha de produções dos anos 1970 e 1980, mas nunca teve contrato de longa duração (três anos). Seu último papel na Globo foi a Jurema de "Império" (2014). No ano passado, cansou de esperar trabalho e aceitou a proposta da Record para interpretar a entristecida Milah, mãe da prostituta Raabe (Miriam Freeland). "Não dá para ficar esperando um papel cair do céu, não é?", disse ao Notícias da TV em novembro (clique aqui e leia o texto).
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