Costas já está no Rio de Janeiro para a cobertura do evento. Participou do painel via videoconferência, direto do estúdio da NBC no Parque Olímpico. A NBC é a principal fonte de receitas do COI. Pagou US$ 1,23 bilhão pelos direitos de Rio 2016, seis vezes mais do que a Rede Globo (cerca de US$ 200 milhões).
Costas citou problemas que a cidade enfrenta, como a ameaça do vírus zika, a violência, o atraso das obras das instalações olímpicas e poluição em águas onde haverá competições. Apesar de ter sugerido a mudança de sede, o narrador não apresentou uma alternativa.
Costas citou uma fala do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. "Nós nunca esperávamos que a Olimpíada resolveria centenas de anos de problemas sociais [no Rio]", teria dito Paes para Bob Costas. "Ele [Paes] é franco ao admitir que esses problemas existem", reforçou.
Nada será escondido na cobertura da NBC dos Jogos, de acordo com Costas. "É impossível não falar de alguns problemas porque afetam diretamente a competição", afirmou. Ele destacou, como exemplo, a poluição nas águas e mencionou uma reportagem do jornal The New York Times, publicada no mês passado, que recomendava que os atletas do triatlo e natação aquática "fechem a boca" enquanto estiverem nadando na praia de Copacabana, para não ingerirem água poluída.
Costas, porém, deu uma brecha para elogiar a Olimpíada, caso tudo termine bem. "Há questões sérias [a serem enfrentadas] e será notável se, no final, o Rio [conseguir] vencê-las e realizar uma competição bem-sucedida", apontou.
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