Os dados abarcam o período entre 2010 e 2015 e foram apurados pela Kantar Ibope. Pelo valor de tabela cheia (entenda o que isso significa no próximo parágrafo), o SBT vendeu R$ 336 milhões em "merchan" em 2010. No ano passado, porém, esse valor chegou a R$ 1 bilhão.
Isso não significa, claro, que o SBT realmente embolsou R$ 1 bilhão com "merchan", porque isso é o valor da "tabela cheia" da emissora. Ou seja, quanto ela cobra por essas ações em teoria. Só que há muitos descontos, portanto esse valor pode ser na realidade até 70% menor.
No entanto, como isso vale para todas as emissoras, é possível afirmar que a emissora de Silvio Santos é a que mais vende espaço para "merchan" no país. Incluindo, claro, o dos produtos Jequiti do próprio Grupo SS.
HISTÓRICO
Em 2010, o primeiro lugar em ações de merchandising era da TV Globo, com R$ 479 milhões faturados (tabela cheia também).O SBT era "vice", com R$ 336 milhões. A Record vinha em terceiro, com R$ 278 milhões; em quarto, a Band com R$ 142 milhões; e em quinto a RedeTV! com R$ 58 milhões.
No ano passado, porém, o SBT e seu R$ 1 bilhão ficaram em primeiro. A Record ficou logo atrás com R$ 974 milhões. A Globo fechou em terceiro, com R$ 595 milhões. A Band veio em quarto com R$ 254 milhões, e a RedeTV! no fim, com R$ R$ 160 milhões.
O resultado é curioso porque muita gente pensa que a Globo é a emissora que mais faz merchandising, mas a modalidade não parece ser prioridade. E, tudo indica, tampouco para anunciantes, já que na Globo esse tipo de ação é bem cara.
DEFINIÇÃO
Pela metodologia da Kantar Ibope, os merchandisings podem ser divididos em três tipos:
Testemunhal: Ocorre com interrupção do conteúdo do programa que está sendo exibido, explica sobre o produto, normalmente possui uma duração superior a 45 segundos, e tem um apresentador.
Estímulo Visual: Aparição da marca ou produto sem envolvimento, sem consumo e sem manipulação do mesmo.
Ação Integrada: Ação de consumo e ou manipulação do produto, atribuições, qualidades, características -mas com a marca-logotipo aparecendo.
Até alguns anos atrás quase todos os veículos costumavam divulgar dados reais faturados (com os devidos descontos na tabela cheia), mas devido à crise, à queda de faturamento e, em alguns casos, ao "excesso" de descontos e por questões estratégicas, os veículos pararam de colaborar com esses dados.
Restou apenas a medição de tabela cheia da Kantar Ibope.
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