Segundo o estudo, antecipado nesta quinta pelo jornal "O Globo", igrejas ocuparam 21,1% da programação, que envolve canais VHF e UHF.
Entre os canais VHF, os principais, a campeã de vendas de horários para igrejas é a RedeTV!, com 43,4% de sua grade vendida para a igreja Universal (foto acima do seu líder, o bispo Edir Macedo); é seguida pela Record, que há anos vende suas madrugadas também para a Universal (21,7%).
Entre os canais UHF, o campeão foi a CNT, com quase 90% de grade vendida.
O único canal aberto que não tem nenhum minuto vendido ou cedido a igrejas é o SBT. Mesmo a Globo cede semanalmente cerca de 1h para a Igreja Católica com a "Missa em seu Lar".
No caso da RedeTV!, além dos quase 45% de horários vendidos para religiões, ainda há, no mínimo, outros 25% destinados à publicidade, o que faz que haja menos de 30% de conteúdo propriamente dito.
Há várias suspeitas de irregularidades nessa venda de horários, como a chamada "subconcessão" (quando o concessionário cede a terceiros a programação, caso da CNT e da ex-MTV UHF, mas, por falta de legislação específica (e clara), isso não tem sido coibido.
Existem e já existiram vários projetos no Congresso que tentaram brecar esse "mercado da fé", mas o lobby da chamada "bancada evangélica", tanto na Câmara como no Senado, nunca deixou as propostas seguirem adiante.
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