Geraldo Luís foi afastado após criticar ao vivo cortes realizados em uma reportagem sua sobre um cantor popular de Natal (RN). O desabafo do apresentador, que afirmou que muita gente na Record cospe no prato que come, foi visto pelo bispo Edir Macedo, que sintonizava a emissora, em 17 de abril, para acompanhar a votação do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.
O apresentador foi substituído por Luiz Bacci. Vários profissionais do dominical comemorar a mudança em um bar. Durante as quatro semanas sem Geraldo Luís, parte da equipe se esforçou para produzir o melhor conteúdo possível para assegurar Bacci no comando do programa. Geraldo Luís é visto como arrogante, exigente, linha dura. Já Bacci é diplomático e educado. A notícia do retorno de Geraldo Luís, ao final do programa do último domingo, caiu como uma ducha de água fria. Diretores da Record já davam como certo de que Geraldo Luís não voltaria mais ao ar, que ficaria na geladeira até o final do contrato, em abril de 2017.
Negociação com o SBT
De fato, Geraldo Luís fez de tudo para não voltar ao ar. Ele negociou com o SBT até a última quarta-feira, na véspera de seu retorno às gravações na Record. O apresentador tratou diretamente com Silvio Santos e com Fernando Pelégio, diretor artístico do SBT, sobre um programa nas tardes de sábado. As conversas avançaram, mas esbarraram em um problema: a multa contratual de R$ 1,5 milhão.
O SBT avaliou que não seria confortável pagar a multa e descontá-la do salário de Geraldo Luís. Pesou também o fato de a Record ter perdoado o apresentador e tê-lo chamado de volta. Para Silvio Santos, não seria ético tirar um apresentador que está no ar numa emissora concorrente com quem tem bom relacionamento - ele será sócio de Edir Macedo em uma empresa que irá negociar os sinais digitais de Record, SBT e RedeTV! com operadoras de TV paga. Na quarta, Geraldo Luís ouviu a sentença do SBT e se conformou em voltar à Record.
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