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quinta-feira, 5 de maio de 2016

"Foi ótimo sair da Record', afirma atriz Mylla Christie, fora da TV por opção há dois anos

No ar na reprise de "Amor e Intrigas", na Rede Record, a atriz Mylla Christie (foto) não entra no estúdio de uma emissora de TV há três anos, quando terminou de gravar uma participação na minissérie bíblica "José do Egito". Ex-TV Globo, ela permaneceu contratada da Record durante sete anos, de 2007 e 2014, mas quase não foi aproveitada: fez apenas "Amor e Intrigas", em 2007, e "José do Egito", na qual sua personagem, Raquel, morreu nos primeiros capítulos. Aos 44 anos, Mylla afirma não ter mágoas da rede de Edir Macedo, mas confessa que não sente saudade alguma da emissora, nem de atuar como atriz. "Foi ótimo sair da Record", diz.
Mylla começou a trabalhar como modelo aos oito anos, e foi nessa área que voltou a atuar nos últimos anos. Em 2015, posou para duas campanhas publicitárias, de uma marca de sapatos e de uma loja de móveis. Ela afirma que prefere dedicar seu tempo a trabalhos esporádicos e à família. Bem casada com o empresário e investidor financeiro Paulo Luis Sartori, Mylla se tornou mãe de Arthur, hoje com quatro anos.
"Foi natural, foi ótimo sair da Record. A Record é uma boa emissora, mas no meu caso era melhor poder escolher meus trabalhos. Eu tenho 30 anos de carreira, já fiz de tudo, tive muito Ibope. Agora realmente tem que ser uma coisa que me emocione demais para eu fazer. Não sinto falta [da TV]", diz.
A estreia de Mylla como atriz foi aos 20 anos, em "Meu Bem, Meu Mal" (1990), novela da Rede Globo que também é reprisada atualmente, no canal Viva. Ela lembra com muito mais carinho desse trabalho do que de sua passagem pela Record. Mylla interpretava Jéssica, a filha mimada e ciumenta de Ricardo, personagem de José Mayer. "Meu Bem, Meu Mal foi o máximo, uma novela muito marcante. Aprendi a montar à cavalo com uma professora, a Adriana Esteves também montava bastante comigo nas cenas", recorda.
Mylla relata também que sofria preconceito nos bastidores da Globo por ser modelo e não ter formação como atriz e que Lima Duarte e José Mayer foram seus maiores guias em sua primeira experiência em novelas.
"Foi muito difícil para mim. Eu tinha acabado de chegar do Japão, era uma modelo conhecida, fazia muito comercial. Não é que eles chamaram qualquer um, eles chamaram a Mylla Christie, eu já tinha nome. Fiz teste e achei que tinha ido mal. Tanto que, quando ligaram na minha casa [para avisar que tinha passado], minha mãe achou que era trote. Tive muita ajuda do Lima Duarte e do Zé Mayer. Com eles aprendi a decorar texto e a interpretar", conta.
Entre novelas, séries e especiais, Mylla participou de 15 produções na Globo. Teve bastante repercussão com a minissérie "Engraçadinha... Seus Amores e Seus Pecados" (1995), em que interpretava Silene, a filha da protagonista Engraçadinha (Claudia Raia). Em Senhora do Destino (2004), sua última trama na Globo, a atriz viveu Eleonora, personagem que se assumia gay e adotava uma criança.
Mesmo sem convites para interpretar personagens que a estimulem, sem novos projetos confirmados e sem planos profissionais para o futuro, Mylla deixa claro que não está procurando emprego. "Hoje eu vivo um momento diferente. Eu não preciso fazer uma coisa só por causa de dinheiro, do contrato. Não é por aí".









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