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domingo, 13 de março de 2016

"Não há nada mais apertado do que um armário", diz Ana Paula sobre Renan

Há muito tempo o "Big Brother Brasil" não fazia mais parte das rodinhas de conversa dos bares do país. Mas, por causa de uma mineira de 34 anos, o país voltou a se render ao reality show. Com um temperamento explosivo e provocador, a jornalista Ana Paula Renault (foto) provocou no telespectador, de maneira simultânea, admiração e repúdio, na mesma proporção. Ódio e amor, sentimentos que a transformaram na participante mais falada dos últimos anos. Por isso, a coluna abre espaço para ela. Divirtam-se!
 
Como foi o seu processo de seleção?
É o seguinte: eu era para ter entrado no de 2015 porque o olheiro me viu em um evento em Belo Horizonte. Passei por todas as etapas, só que no final não deu certo. Mas eu acho que tudo acontece no seu tempo certo. No ano passado, meu pai infartou… Então se eu estivesse lá dentro eu teria saído. Esse ano eu me inscrevi no site da Globo e fiz como todo mundo: participei da etapa regional, mandei três fotos e preenchi aquele tanto de coisas que tem no questionário. foi assim que eu entrei para essa edição.Foi inscrição total.

Como é que foi a sua cadeira elétrica? O que eles perguntaram?
Eu acho que no contrato a gente não pode falar… Mas eles tentam descobrir nossa personalidade e os nossos limites. Eles tentam sondar a nossa vida, saber o que a gente faz e deixa de fazer. Isso é feito em uma bancada grande, com várias pessoas numa sala.

Inclusive o Boninho, é claro?
Sim!

Enquanto você estava confinada, falou-se que você seria sobrinha do Boninho. Essa informação procede?
Olha, você tem que escrever isso: eu me sinto ultra, mega lisonjeada, mas não é verdade. Logo que eu saí minha irmã contou que falaram que eu era prima do (Pedro) Bial ou sobrinha do Boninho… Quem me dera, Senhor! Quem me dera…

Desde que eu estou com esta coluna no jornal O DIA, eu nunca fiz uma entrevista de domingo com um ex-big brother. Eu acho que pela primeira vez em 7 anos o Brasil voltou a falar sobre o programa nas rodas. Isso é um fato. Não estou aqui puxando saco de ninguém. Você tem essa noção do efeito causado pela sua passagem?
Estou sentindo isso agora. Estou completamente em êxtase! Não estou acreditando nisso tudo que está acontecendo! O povo me para na rua! Outra coisa que eu vou frisar é o seguinte: eu estou indo aos Estúdios Globo direto desde que eu saí e, acredite, todos os famosos maravilhosos vêm tirar foto comigo.

Quem? Quem?
A Geovana Ewbank foi uma delas. Fizemos uma matéria juntas e tiramos foto. O (diretor) Jorge Fernando parou o carrinho (elétrico, usado para se locomover nos Estúdios Globo) dele e me chamou. Eu fui atrás dele igual uma louca. Ai, gente, é muito bom. Às vezes eu estou andando por lá e o povo sai gritando ‘olha ela, olha ela’.

Esse bordão virou moda e deve-se muito também ao Hugo Gloss. O bordão é dele, não é?
O bordão sempre foi dele e seu sou muito fã dele. Fiquei mais apegada ao Hugo Gloss por causa daquele resumo de ‘Verdades Secretas’, entendeu? Eu passava mal de rir. Eu falei lá na casa que o bordão era dele e que eu simplesmente estava usando.

Você simplesmente popularizou para a TV aberta, vamos dizer assim!
Me falaram assim: “o Hugo Gloss inventou e a Ana Paula imortalizou”.

Esse seu jeito dificulta os relacionamentos pessoais?
Olha eu não sei se a palavra dificultar é a palavra certa… O que eu posso te falar é que esse meu jeito realmente não é fácil e não é o melhor jeito do mundo. Mas as pessoas com quem eu mantenho contato — e que geralmente são amizades de anos — costumam entender. Às vezes elas não gostam e se sentem feridas, mas depois que passa aquele furor elas sabem que eu não faço por maldade! Faço de pura raiva porque é o meu jeito.

Como foram os seus namoros na vida?
Eu sempre namorei! Sempre gostei de namorar e até os meus 27 anos eu tinha namoros longos. Eles duravam de um ano e meio a dois anos. Nunca namorei mais do que isso, embora eu sempre achasse que ia ser para sempre. Acontece que terminava uma hora para outra e depois dos 27 anos isso se agravou de certa forma, porque eu nunca mais conseguir namorar mais de seis meses.

Então quer dizer que a sua tolerância diminuiu?
É! Tanto que em dois anos, meu namoros foram quase todos de seis meses.

E é você quem termina?
Geralmente é, mas depende do homem… Porque tem homem que faz de tudo para você terminar! Tomara dos homens que assumem e falam: “filha, não te quero mais”. Eu acho que eles não têm esse jogo de cintura e começam a fazer várias coisas até você terminar.

Na casa você era a pessoa que falava tudo o que ninguém tinha coragem de falar, não é mesmo?
Não sei, mas acho que pode ser esse meu sincericídio que me tirou de lá. Não sei se você assistiu, mas eu não falava mal de ninguém, eu não fazia intriga porque eu falava na cara. Acho que foi isso.

Você é assim no dia a dia?
Sou, mas lá na casa realmente eu acho que estava um pouco acima. Mas eu sou assim e as pessoas têm que entender.

Mas houve algum estímulo da produção?
Não! De forma alguma.

Você acha realmente que o Renan é gay?
Menino! Deixa te contar: eu tive duas semanas de contato com ele e depois eu ganhei aquele presente do público que eu subi, aquele paredão falso. Aí eu pude assistir e escutá-lo falar mal de mim em todas as rodas. E, se a gente analisar, ele estava chutando cachorro morto, porque teoricamente eu tinha saído da casa, então por que que aquele menino estava chegando para todo mundo e falando mal de mim? Foi aí que surgiu essa antipatia. Desci com uma antipatia federal dele não tive mais contato com o Renan. Mas eu não via esses trejeitos todos. Aqui fora que eu estou vendo.

Mas você não falava no feminino com ele?
Eu tenho muitos amigos gays e eles sempre me falaram assim: “você quer irritar um machão? Fala com ele no feminino!”. Então quando um cara começa a falar grosso comigo eu chamo de querida. Foi isso o que eu fiz com ele. Foi para irritar, mas não porque eu achava que ele poderia ser gay. E outra: ser for, vai sair do armário rápido para aproveitar a vida, né? Porque não há nada mais apertado do que um armário! Porque por favor, né? Não sou obrigada.

Você usa algum tipo de medicamento? Algum calmante?
Não. Eu uso pílula anticoncepcional e Aciclovir 400mg porque a minha herpes está bem controlada.

Com quem você não quer encontrar de jeito nenhum aqui fora da casa?
A vida lá ficou lá dentro, entendeu? Acho que eu fiz uma análise muito factível das pessoas de lá. Eu tive um determinado feeling das pessoas que eu me afastei porque eu acho que o meu caráter estava diferente do delas! Não tem propósito essa aproximação, entendeu?

Você é jornalista? Trabalha em que exatamente?
Nada.  agora eu estou por conta da Globo, meu filho!

Mas e antes de entrar no "Big Brother Brasil"?
Nada não! Meu pai que me sustentava mesmo com a herança da minha mãe.

Você tinha uma vida boa?
Tinha, uma vida bastante confortável. Podia viajar e fazer de tudo. Frequentar os restaurantes que eu gosto, beber o que eu estou afim e problema meu!

Então por que entrar no "Big Brother Brasil"?
Pensei que poderia ser uma coisa boa para a minha vida sabe, me dar um norte, poderia talvez me dar um rumo e eu fui inclusive também para provar para mim mesma que eu era capaz de alguma coisa. Foi por isso: para provar para mim que eu era capaz.

Você posaria nua na "Playboy" nova?
Não! E não tive convite. Fiz hoje "Paparazzo" e é isso.

Como você lida com as câmeras? Você se dá bem para posar?
Menino, você não sabe da maior: a produção da Globo cortou um dobrado para achar foto minha porque eu tinha foto de novinha, né? De quando a minha mãe era viva! Porque mãe é quem tira um monte de fotos de filho. Agora eu viajo para vários lugares com amigos e detesto tirar fotos. Falei com o fotógrafo para ter paciência. Disse: “manda em mim pelo amor de Deus, porque eu sou completamente jeca tatu para essas coisas”.

Qual é o seu sonho?
Meu sonho é ser feliz gente! Quero ser feliz e ter saúde.

Você não sonha encontrar alguém não?
Eu acho que seria muito bom, mas não é uma coisa que eu fico à procura. Tento me realizar sozinha e se rolar de conhecer uma pessoa que acrescente, Amém!

Saiu em um jornal carioca que você foi presa em Belo Horizonte. Os crimes são dirigir sem habilitação, embriagada, perturbação e desacato.
Eu falei disso no ‘Fantástico’, só que não foi na íntegra. Tudo isso é um processo só. Então eu tenho um só processo porque abre o processo e eles colocam um tanto de coisas dentro dele. Isso foi um caso isolado, que aconteceu e tal no final do ano passado e foi o seguinte: a viatura de polícia bateu no meu carro e pedi para registrar um boletim de ocorrência. Afinal de contas, não é porque eles são policiais que eu não iria fazem o registro. Daí a coisa perdeu o controle! As pessoas estão floreando coisas que não tem nada a ver, tanto que pode verificar lá: foi um desastre total! O processo foi para o juizado especial, arbitraram em duas partes de R$ 700 que já foram pagas. Não tinha o número da viatura nem a identificação da viatura. O boletim de ocorrência estava todo estranho. Esse processo já foi resolvido e não existe mais.

Mas você acha que o jornal queria passar uma imagem de você mais louca?
Claro! Ainda mais porque tudo o que aconteceu de exacerbado na casa envolvia álcool. A acusação de dirigir alcoolizada não foi provada. Não teve teste e eu não estava alcoolizada! A polícia é que foi lá e bateu no meu carro.

Mas como é a sua relação com o álcool no dia a dia?
Moro sozinha há dez anos. Eu não bebo sozinha, tanto que na minha casa tem champanhe, uísque, espumante, vinho e tudo o que você possa imaginar. Meu pai é que gosta de beber um vinhozinho no jantar e aí eu tomo, mas não é todas as vezes que eu tomo. No final de semana eu gosto de beber sim! Bebo socialmente, mas eu gosto de tomar um porre de vez em quando. Não vou mentir.

Manda uma mensagem para os fãs?
Quero dizer que eu não sou nada sem eles! Foram eles que me fizeram voltar de quatro paredões, foram eles que fizeram eu me sentir um pouco melhor de ter saído daquela maneira vergonhosa da casa e que eles me acompanhem. Peço a Deus que eu possa estar a altura deles. Nunca vi tanta gente do bem! Peço que isso perdure.






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