"Eu adoro fazer novelas e sinto saudades daquele tempo em que atuava com mais frequência, pois gosto de trabalho em equipe e acho que as novelas contribuem bastante para o desenvolvimento cultural do país. Mas para fazer uma novela você precisa dedicar, no mínimo, oito meses à mesma função. Hoje em dia, esse período tem sido muito longo para mim. Os autores e os diretores sabem que tenho outros projetos e talvez por isso não tenham aparecido novos convites", afirma, justificando o sumiço da TV.
Inquieto e cheio de projetos, Baricelli se define como "empreendedor nato". "Sempre tive empresas e trabalhei muito. Às vezes as pessoas te tacham de uma determinada coisa, como ator, mas também sou apresentador e empresário. Às vezes essas colocações são postas de uma maneira que dá a entender que você não pode fazer outra coisa. Nunca fui uma pessoa fadada a ser um tipo único de profissional. Sou curioso e gosto de conhecer as possibilidades e entender como funcionam as coisas. Isso te dá uma habilidade que você não aprende em nenhuma faculdade, só na prática mesmo", afirma.
O ator conta que abriu uma empresa nos Estados Unidos ("pelo custo e pela qualidade da matéria-prima") e que sua equipe no país desenvolveu uma linha de suplementos alimentares que irão ajudar as "pessoas em suas deficiências metabólicas". "Não vamos dizer que a pessoa vai tomar e emagrecer. Vivemos numa escravidão em que a barriga tanquinho é a meta de felicidade das pessoas, e isso não pode ser assim. Quero mostrar que é possível ser feliz sendo o que as pessoas são", filosofa. Os produtos estão em fase de conceituação mercadológica.
Baricelli também planeja abrir uma produtora nos Estados Unidos para realizar séries e programas para a TV brasileira. "Cada vez mais as emissoras têm terceirizado a produção de seus programas, e eu quero usar a minha experiência tanto como ator quanto como apresentador para desenvolver novos conteúdos. A ideia de produzir fora do Brasil é o fato de o custo ser bem menor", explica.
Ator prefere ser apresentador
Baricelli estreou em 1991, na novela "O Guarani", da extinta TV Manchete. Seu primeiro grande personagem foi o judoca Romão, de "Malhação", que começou vilão, em 1995, e terminou mocinho, em 1998. Romão impulsionou a carreira do ator, que virou o campeão de cartas na Globo. Em 2000, Baricelli teve papel de destaque em Laços de Família. Em seguida, emplacou dois mocinhos consecutivos em novelas das seis - em "A Padroeira" (2001) e "Sabor da Paixão" (2002).
Os trabalhos seguintes não foram tão expressivos, e o ator só fez papéis coadjuvantes. No ano passado, seu nome foi cogitado para "Eta Mundo Bom!", mas ele afirma não ter sido convidado. "Sempre acontece de as pessoas acharem que estarei nas próximas novelas do Walcyr Carrasco ou do Manoel Carlos pelo fato de ter me destacado em trabalhos anteriores desses autores", reflete.
Luigi Baricelli diz que prefere trabalhar como apresentador. Ele comandou um quadro no "Domingão do Faustão", em 2008, e liderou a bancada do "Vídeo Show" entre 2009 e 2010. Também apresenta sorteios de loterias desde 2009.
"Não descarto a possibilidade de estar em uma telenovela ou em uma série, mas a minha preferência artística está mais direcionada à apresentação do que à atuação. Apresentar um programa é algo natural para mim, algo que faço bem e com prazer, e que certamente vai voltar a acontecer em breve", promete.
O ator está negociando com o canal Fox para apresentar a versão brasileira do "Escola Para Maridos", um reality show que se propõe a salvar casamentos prejudicados pelos maus hábitos dos maridos. "Vira e mexe sou sondado por algum canal ou produtora a respeito de um novo projeto. A proposta da Fox existe, mas não há nada de concreto", desconversa.
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